A maioria dos brinquedos que chegará às lojas brasileiras neste ano custará até R$ 50, conforme afirmou o presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa, durante um importante evento do setor, a Abrin (Feira Brasileira de Brinquedos).
Synésio prevê que 76% dos produtos infantis vão chegar a tal nível de preço como forma de enfrentar a maciça entrada dos produtos chineses no País.
Classe C
Conforme explica o diretor de Marketing da Estrela – empresa que também esteve presente no evento-, Aires Fernandes, o que está ocorrendo é um adequação do portfólio para atender a uma parcela importante da população, a classe C.
Fernandes explica que não haverá reduções de preços dos produtos, mas sim uma renovação de itens, que serão produzidos para atender à demanda de renda mais baixa. Como as linhas de brinquedos da Estrela se renovam todos os anos, a empresa vai passar a investir em novidades para essa classe.
De acordo com Fernandes, 60% dos lançamentos da estrela este ano serão de produtos que custarão até R$ 50. O diretor ainda reconhece o impacto da entrada dos produtos chineses no Brasil, porém, demonstra uma visão bastante otimista. “Se não podemos competir com os chineses, vamos nos aliar a eles”, diz. Entre as estratégias, conforme explica Fernandes, está a de trazer parte dos componentes necessários para a confecção dos brinquedos de lá.
Feira atinge R$ 1,5 bi em negócios
Segundo os organizadores da feira, 90% dos lojistas de todo o País estiveram na 29ª Abrin, que aconteceu entre os dias 9 a 12 de abril no Expo Center Norte. A feira reuniu 175 expositores em uma área total de 35 mil metros quadrados e exibiu 1.500 lançamentos em brinquedos em geral e pedagógicos, de puericultura leve e pesada, jogos eletrônicos, pelúcias, miniaturas, fantasias e outros artigos.
Costa ainda calculou que o montante de negócios realizados nesta edição da Abrin atingiu R$ 1,5 bilhão.