Estudo aponta que, no segundo semestre deste ano, cerca de 4,7 milhões de pessoas vão comprar pela primeira vez via e-commerce. Adicionando esse volume de novos consumidores, até o final do ano, pelo menos 32 milhões de pessoas terão realizado ao menos uma compra pela web.
As informações fazem parte do relatório de Comitês Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo), divulgado no final de agosto, que trata das perspectivas para o e-commerce no segundo semestre deste ano, além de fazer um balanço do ocorrido no primeiro semestre.
Estimativas para o segundo semestre
A estimativa de 32 milhões de consumidores é quase o dobro da observada em 2009, quando foram registrados 17,6 milhões de e-consumidores. Para o segundo semestre deste ano, estima-se que cada consumidor gastará, em média, R$ 350.
Em termos de faturamento, espera-se um cenário positivo nos últimos seis meses do ano, com movimento de R$ 10,3 bilhões. Ao final de 2011, o faturamento total deverá atingir R$ 18,7 bilhões, ou seja, 26% a mais do que o observado em 2010, de R$ 14,8 bilhões.
O Ibevar observa que o movimento no segundo semestre será mais intenso do que no primeiro, devido sobretudo ao maior número de datas comemorativas, a exemplo do Natal, data mais relevante e com o maior número de vendas no e-commerce.
Compras coletivas
O grande destaque da rede ficou com os sites de compras coletivas, que estão se expandindo em um ritmo de 10 sites novos por dia. Esse tipo de negócio já tem cerca de 20 milhões de brasileiros cadastrados, volume bem superior aos 4 milhões cadastrados em 2010.
De acordo com o estudo do Ibevar, as categorias mais vendidas nos sites de compras coletivas foram gastronomia, saúde e beleza e produtos. Algo ainda mais recente e que vem mostrando bastante adesão é o Social Commerce, definido como sendo redes sociais voltadas exclusivamente para compras.
O Social Commerce se desenvolve em meio a estudos que apontam que 90% dos e-consumidores leem e utilizam a opinião de outros consumidores para sua decisão de compras.
Falta de mão de obra especializada
No âmbito profissional, o comércio eletrônico está gerando boas oportunidades. Com o crescimento desse tipo de sistema, observa-se uma forte necessidade de mão de obra qualificada.
O Brasil mostra claramente que carece de profissionais especializados nesse campo, já que 79% das empresas desse segmento que contrataram nos últimos seis meses alegaram que a maior dificuldade na contratação é encontrar profissionais que possuam habilidades específicas.
Como está o e-commerce?
O balanço realizado pelo Ibevar mostrou que o e-commerce brasileiro faturou R$ 8,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, crescimento de 24% frente ao mesmo período de 2010. O tíquete médio deste período foi de R$ 355, com um número de pedidos atingindo a marca de 25 milhões.
A entrada dos consumidores de baixa renda nas compras via internet é um dos fatores que ajudam a estimular o desenvolvimento do comércio eletrônico. De acordo com o levantamento do Ibevar, 61% dos novos consumidores possuem renda de até R$ 3 mil e seu tíquete médio foi de R$ 320.
Os novos e-consumidores também impactaram bastante o comércio, sendo que, só no primeiro semestre deste ano, 4 milhões de pessoas fizeram a primeira compra pela rede.
Segurança
A pesquisa também constatou que o quesito segurança ajudou os consumidores a confiarem mais ao fazerem compras pela web. Quase 90% dos brasileiros usuários da internet disseram estar satisfeitos com o comércio virtual.
Falando de categorias mais comercializadas, nota-se o seguinte quadro: eletrodomésticos, com participação de 13%, entre os segmentos mais vendidos, seguido por informática, com 12%, saúde, beleza e medicamentos, com 11%, livros e assinaturas de jornais e revistas, com 8%, e eletrônicos, com 6%.