Elvira Campos, 46, e Fernanda Trugilho, 30, têm empresas em áreas diferentes, mas compartilham algo: não adquirem produtos para o empreendimento em sites de compras coletivas.
Campos diz não ter encontrado os produtos certos para o negócio, a Campos Acessórios. "Os descontos são grandes, mas falta opção", afirma ela, que busca ofertas de parafusos e fechaduras.
Para Trugilho, as compras são inviáveis porque, muitas vezes, as datas das ofertas de material de escritório não são compatíveis com a disponibilidade do departamento financeiro. "Tenho que seguir um calendário", justifica.
As duas estão representadas em um levantamento realizado pelo site de compras coletivas Negócios Urbanos. Pela sondagem, 70% das pequenas empresas nunca utilizaram os sites de compras coletivas. Foram consultados 220 empresários de diferentes regiões do Brasil, dos quais 68% declararam possuir entre um e cinco funcionários e 69% afirmaram ter um faturamento anual de até R$ 500 mil.
Como o setor ainda está em formação, muitos empresários preferem realizar as compras pessoalmente, e não virtualmente, pondera a gerente dos Negócios Urbanos, Luana Grandino. "É um mercado novo que precisa amadurecer para ganhar esse público."
Para ela, esse cenário mudará à medida que os empresários conheçam os benefícios dos sites de compras coletivas. "As grandes empresas conseguem bons descontos para adquirir produto ou serviço; micro e pequenos empresários, por comprarem volume menor, não têm acesso a essas facilidades — por isso, sites são boa alternativa para esse público."