Pesquisa revela opinião dos consumidores sobre atuação das empresas em sustentabilidade

A Market Analysis, instituto de pesquisa de mercado e opinião pública, apresenta os resultados do levantamento que aponta as dez melhores e piores companhias em Responsabilidade Social atuantes no país. Entre as mais bem avaliadas estão Petrobrás (19,8%), Coca-Cola (4,8%) e Vale do Rio Doce (3,8%). Bradesco, Votorantim, Natura, Fiat, Sadia e Azaléia também compõem este grupo. Os dados fazem parte do Monitor de Responsabilidade Social 2008, estudo realizado anualmente pela empresa no Brasil.

Entre as empresas classificadas negativamente, a Parmalat lidera com 10,6%, seguida pela Souza Cruz (5,8%) e Telemar (5,3%). Mac Donald´s, Telefônica, Petrobrás, Vale do Rio Doce e AE Cedae dividem o 4º lugar (1,9%) do ranking. Para traçar os resultados o instituto ouviu 805 pessoas nas principais capitais brasileiras.

Segundo Fabián Echegaray, diretor da Market Analysis, o estudo reforça a preocupação dos brasileiros com o tema e a atenção dada aos fatores que envolvam o ramo de atuação das empresas. Tanto a Petrobrás como a Vale do Rio Doce são citadas nos rankings de melhores e piores. "Esta duplicidade reflete tanto a aceitação dos investimentos massivos em ações sociais e de marketing, tidos como muito relevantes por alguns consumidores, como também a percepção crítica de outros consumidores sobre a natureza intrinsecamente questionável dos negócios destas empresas, ligados à poluição e deteriorização do meio ambiente", alerta Echegaray.

Outro exemplo que clareia esta percepção é a posição da Parmalat, que atualmente ocupa o topo do ranking das piores empresas em responsabilidade social. A empresa teve sua imagem abalada após a denúncia sobre o uso de soda cáustica no leite fornecido por algumas cooperativas, no segundo semestre de 2007, evidenciando a preocupação e atenção do brasileiro quanto à maneira como são tratados os negócios das empresas.

"A maior atenção da mídia, não apenas na maneira como as empresas distribuem parte dos seus ganhos, mas também como elas geram suas receitas torna o consumidor brasileiro cada vez mais atento e exigente diante do mundo corporativo", aponta Echegaray. "Ele reage rapidamente às informações que circulam sobre as empresas e – neste sentido – reputação e valor de mercado das empresas podem crescer rapidamente, como cair no abismo com a mesma velocidade", conclui.

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