Petrobras começa a oferecer às montadoras diesel menos poluente

A Petrobras informou que dará início à distribuição para os fabricantes de veículos movidos a óleo diesel do insumo com 50 ppm (partícula por milhões de enxofre), que desta forma entra em sua fase de teste nas montadoras.

Em nota, a empresa informa que o combustível atende às especificações da portaria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de número 32/2007.

A portaria estabelece as especificações do diesel 50 ppm para os testes de desenvolvimento de motores.

A nota informa ainda que, a partir de junho, a companhia passará a fornecer o diesel de referência para que sejam feitos os testes de consumo e emissões.

A iniciativa visa permitir que as montadoras possam utilizar o combustível no desenvolvimento de motores para atendimento à fase P-6 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve.

A Petrobras participa do Proconve desde o seu início, em 1986 e, desde então, em cumprimento às exigências legais estabelecidas, vem reduzindo gradativamente o percentual de enxofre no diesel comercializado no país.

No início da década de 90, o teor de enxofre no diesel comercializado no país era de 13.000 ppm. Hoje, a empresa já disponibiliza o diesel metropolitana com 500 ppm.

Segundo entrevista recente do diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, até 2009 a Petrobras já estará fornecendo o diesel 50 ppm de enxofre para ser utilizado nos veículos pesados em circulação no país.

@@@

De acordo com as informações do diretor, para se adaptar às novas especificações fixadas pela portaria da ANP, os veículos passarão a adotar uma nova tecnologia, adequando-se, dessa forma, às exigências determinadas à ANP pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

As informações de Costa indicam ainda que a Petrobras, com o objetivo de melhorar a qualidade do diesel comercializado no país, investirá até 2012 R$ 9 bilhões em unidades de hidrotratamento de diesel.

Atualmente, cabe ao Conama estabelecer os limites de emissões a serem atendidos pelos veículos leves e pesados – o que ficou estabelecido em 2002 com a Resolução Conama número 315. Ela, no entanto, não define a qualidade dos combustíveis, o que é uma atribuição da ANP – o que foi feito em 2007.

Informações da Petrobras indicam que a tecnologia para atendimento da fase P-6 do Programa de Controle de Poluição, resultado da resolução da ANP, deverá utilizar um sistema de pós-tratamento de gases de escapamento, à base de uréia, que na Europa utiliza um diesel com teor de 50 ppm.

Facebook
Twitter
LinkedIn