Número foi de 1,639 milhão em maio para 1,683 milhão em junho; principal tipo de dívida é o cartão de crédito
O total de famílias endividadas na cidade de São Paulo aumentou de 1,639 milhão em maio para 1,683 milhão em junho, o que significa um acréscimo de 44,3 mil famílias, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 29, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O levantamento registrou que 46,9% das famílias da capital paulista estavam endividadas em junho, alta de 1,2 ponto porcentual ante o mês anterior.
A Fecomercio considera endividada aquela família que possui contas ou dívidas contraídas com cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestação de carro e de seguros. Nesse universo, o número de famílias com contas em atraso subiu de 516 mil em maio para 569 mil em junho. Já o número de famílias que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas total ou parcialmente no mês seguinte saltou de 191 mil para 222 mil no mesmo período.
O principal tipo de dívida é o cartão de crédito, utilizado por 70% das famílias analisadas. Em seguida estão carnês (21,3%), crédito pessoal (14,8%), financiamento de carro (7,7%) e cheque especial (7,2%).
Em junho, 29,4% dos entrevistados afirmaram estar comprometidos com dívidas por mais de 1 ano, enquanto 20,1% disseram ter compromissos de 6 meses a 1 ano, 23,2% de 3 a 6 meses, e 22,6%, por menos de 3 meses. A pesquisa também mostra que 74,2% dos entrevistados têm até metade da renda comprometida com algum tipo de dívida, enquanto 18,7% têm mais da metade da renda atrelada a dívidas. Outros 7,1% não souberam responder.
A Fecomercio lembra que a oferta de crédito tem sido "um importante meio de acesso ao consumo" e aponta a expansão do cartão de crédito entre as classes C, D e E como um dos fatores que explicam a liderança desse segmento entre os tipos de dívida. Além disso, a instituição avalia que o volume de dívidas não é motivo de preocupação, uma vez que os níveis de inadimplência permanecem em um patamar baixo e a confiança dos consumidores permanece bastante elevada.