O risco de inadimplência das empresas caiu pela primeira vez após cinco trimestres de estagnação.
O Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito das Empresas, que mede, em uma escala de 0 a 100, a qualidade de crédito do setor produtivo, subiu para 95,8 no primeiro trimestre de 2012. Segundo a Serasa, esta foi a primeira alta desde o quatro trimestre de 2010.
Quanto maior for a qualidade de crédito, menor é o risco de inadimplência. Portanto, uma alta no indicador reflete uma probabilidade menor de inadimplência no crédito tomado no período.
"A contínua redução da taxa básica de juros (taxa Selic), estendendo-se agora também para as taxas finais de empréstimos, a retomada gradativa do crescimento econômico, a redução do nível de inadimplemento dos consumidores e as medidas fiscais de estímulo à produção adotadas pelo governo estão produzindo efeitos positivos sobre a qualidade de crédito das empresas, reduzindo as chances de que elas se tornem inadimplentes", informou a Serasa Experian.
Apesar de ter havido diminuição na probabilidade de inadimplência das micro e pequenas empresas –cuja qualidade do crédito subiu de 95,66 para 95,720–, elas ainda oferecem mais risco que as de maior porte. A Serasa atribui isso à dificuldade que as micro e pequenas empresas têm de conseguir financiamentos com taxas atrativas e em oferecer garantias ao credor.
O estudo aponta ainda que a qualidade de crédito das empresas melhorou em todos os setores econômicos pesquisados (comércio, indústria e serviços).
Na análise por região, apenas o Sudeste não apresentou melhora na qualidade de crédito na comparação com o trimestre anterior.