O número de lojas virtuais voltadas para a venda de produtos usados cresceu 54% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o levantamento da Loja Integrada – uma das maiores plataformas de e-commerce da América Latina.
Para Adriano Caetano – especialista em comércio eletrônico e diretor da empresa – a situação econômica do país é um dos fatores que fazem o brasileiro buscar dentro da própria casa itens para comercializar. “Vender algo próprio que está sem uso é a forma mais rápida de aumentar a renda mensal, sem grandes investimentos de tempo e dinheiro”, afirma.
Ao abrir uma loja virtual gratuita para produtos já disponíveis, o único gasto do lojista é com a embalagem. “Com o crédito farto até 2014, muitos brasileiros adquiriram diversas mercadorias que ficaram paradas e sem uso. Com a loja virtual pronta, é possível fazer a divulgação pelas redes sociais”, explica.
O faturamento destas lojas também teve crescimento expressivo, mais de 375% em relação ao mesmo período do ano passado. “A compra de mercadorias usadas é vantajosa para o consumidor que busca economia. No geral, são 50% mais baratas”, explica Adriano.
Bom senso na hora de vender
A venda de itens usados pela internet é permitida, desde que os produtos não sejam piratas, mas é preciso usar o bom senso. O indicado é que o lojista descreva a procedência da mercadoria, o tempo que ela foi utilizada, quais são suas principais funções e evitar comercializar produtos com defeitos, quebrados ou com preço igual ou superior à mercadoria nova.
O formato de negócio também é um ponta pé para quem quer empreender sem investimento inicial. “Muitos empreendedores digitais começam vendendo alguns produtos usados e acabam encontrando um nicho de mercado interessante, investindo no comércio de mercadorias novas”, conclui Adriano.