Perante janeiro de 2010, as vendas do varejo subiram 8,3%; em 12 meses, alta acumulada é de 10,7%
As vendas do comércio varejista subiram 1,2% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o mais forte desde agosto de 2010 (1,9%), neste tipo de comparação.
Segundo o economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, a taxa positiva foi beneficiada pelo atual bom momento no comércio varejista brasileiro. "Foi um crescimento bom. Tivemos um resultado no ano passado próximo de zero, uma estabilidade. Estamos vendo agora esta variação importante, mostrando aí o crescimento do comércio, mesmo com os aumentos de juros e as medidas macroprudenciais", afirmou. (Alessandra Saraiva)
O resultado fico dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam resultado entre estabilidade e alta de 2,20%. A mediana das previsões estava em 0,95%.
Na comparação com janeiro do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 8,3% em janeiro deste ano. Neste caso, as projeções variavam de 5,90% a 10,40%, com mediana de 8,00%. Nos 12 meses encerrados em janeiro, as vendas do varejo acumulam alta de 10,7%.
Média móvel
O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista subiu 0,7% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, ante o terminado em dezembro do ano passado, segundo o IBGE. Em dezembro, a variação do indicador também foi positiva, de 0,28%.
Setores
O volume de vendas no varejo cresceu em seis das 10 atividades pesquisadas pelo IBGE na comparação com dezembro do ano passado. Entre os destaques positivos, estão os aumentos apurados no volume de vendas em Móveis e eletrodomésticos (2,7%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%); Material de construção (1,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,5%); Tecidos, vestuário e calçados (0,5%); Combustíveis e lubrificantes (0,3%).
No entanto, o IBGE também apurou quedas no volume de vendas do comércio varejista, em janeiro contra dezembro. É o caso de Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,1%) e Veículos e motos, partes e peças (-7,1%).