Os supermercados venderam 3,42% a mais em janeiro do que em igual período do ano passado, já descontada a inflação calculada com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem considerar o efeito da inflação, houve alta de 10,81%.
Na comparação com dezembro, as vendas diminuíram 20,48% em valor deflacionado e 19,5% em valor nominal. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O resultado nas vendas foi considerado bom pelo presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda. Em nota, ele disse que o setor está preensivo com o desempenho nos próximos meses. “Nosso setor segue com muita expectativa e certa preocupação os acontecimentos econômicos em curso. Ainda não foram divulgados os dados de emprego em janeiro, por exemplo, que são sempre um bom indicador para nossas vendas, mas, pelo que pudemos observar na resposta dos supermercadistas, se houve queda ou diminuição no ritmo de emprego por conta do momento econômico do país, ele ainda não foi tão significativo”.
De acordo com levantamento encomendado pela Abras à empresa GfK, a cesta dos 35 produtos mais consumidos pela população teve alta de preços, em média de 1,04% sobre dezembro. O valor pago foi R$ 385,06. Nos últimos 12 meses, a cesta ficou 5,64% mais cara.
Entre os itens que mais subiram estão a batata (33,21%), o feijão (14,91%), a cebola (11,07%) e o tomate (9,17%). Os que mais caíram foram: o queijo prato (-5,62%), a farinha de mandioca (-4,82%), o leite longa vida (-4,71%) e a carne dianteira (-2,64%).
Por região, o Centro-Oeste teve o maior reajuste (4,6%), passando para R$ 370,45. Na outra ponta, aparece o Nordeste, com recuo de 0,77%, ao preço de R$ 330,92. No Sul, a cesta ficou 1,13% mais cara, somando R$ 421,38; no Norte, o preço caiu 0,71%, passando para R$ 421,73. No Sudeste, houve correção de 1,18%, com valor de R$ 372,93.
Os mais de 84 mil estabelecimentos filiados à Abras faturaram, em 2013, R$ 272,2 bilhões, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.