O Walmart, terceira maior rede de supermercados do Brasil, vai manter no país a aposta no modelo de hipermercados, criticado por varejistas de todo o mundo, para ampliar seus negócios.
A visão do grupo Walmart é similar a do empresário Abilio Diniz, que tentou viabilizar a compra do Carrefour, mas foi bombardeado pelo sócio francês Casino, com quem divide o comando do Pão de Açúcar.
O principal motivo para o Casino recusar o negócio foi a aposta do Carrefour nos hipermercados. O grupo Casino e a própria matriz do Walmart, em sua convenção anual nos EUA, acreditam que a tendência dos supermercados é atender o consumidor local com lojas cada vez menores e horários flexíveis.
"Abrimos hipermercados no passado, continuamos abrindo e vamos abrir no futuro. Estamos felizes com nosso modelo, em que o consumidor pode encontrar tudo em um mesmo lugar", disse Marcos Samaha, presidente do Walmart no Brasil.
Na semana passada, Abilio reagiu a críticas do Casino, que, ao contrário do empresário, acredita na tendência de pontos de venda cada vez menores para atender melhor os consumidores.
Chegou a afirmar que Casino e Carrefour nunca souberam fazer direito hipermercado e que o Pão de Açúcar havia até emprestado um executivo para ensinar a rede francesa a reorganizar esse modelo de negócios.
Até o fim do ano, o Walmart abrirá 80 lojas de formatos variados, como parte do investimento de R$ 1,2 bilhão anunciado em maio.