Brasil quer regras para importação por multinacionais

O Brasil se lança em mais uma guerra contra barreiras aos produtos agrícolas. Desta vez, o alvo não são as tradicionais tarifas governamentais, mas as novas condições de importação impostas por supermercados internacionais, multinacionais do setor de alimentação e redes de restaurantes. Hoje, o Brasil pediu na Organização Mundial do Comércio (OMC) que regras sejam criadas para impedir que essas redes estabeleçam suas próprias regras de comércio, violando as leis e padrões internacionais.

Os governos europeus alegam que não têm como forçar empresas como a Nestlé e outras a seguirem os padrões internacionais e que eles teriam a liberdade de impor condições mais duras em termos fitossanitários. Mas, para o Itamaraty, é papel dos governos dos países ricos de fato impedir que barreiras do setor privado se proliferem. "Esse será um tema quente nos próximos anos", admitiu um negociador francês.

Os exemplos de novas exigências de fato vêm crescendo. Empresas de distribuição internacional, como Wal-Mart, Carrefour, empresas de alimentos ou restaurantes vêm estabelecendo seus próprios critérios sobre o que estão dispostos a comprar. Exigências fitossanitárias, ambientais, trabalhistas e sociais passam a fazer parte dos critérios de compra dessas multinacionais.

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