Empresários brasileiros precisam estudar melhor o mercado chinês, diz embaixador da China

Embaixador da China ainda defendeu um planejamento para as próximas décadas no comércio entre os dois países

Os empresários brasileiros precisam "fazer um esforço" e "estudar com mais atenção o mercado chinês" para ampliar o comércio com a China. A advertência foi feita pelo embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, em entrevista na tarde desta segunda-feira, 28.

Ao tratar da visita da presidente Dilma Rousseff a seu país, em meados de abril, o embaixador afirmou que os dois países já têm um nível de comércio muito alto e não se pode pensar em um planejamento para um ou dois anos. "Temos que pensar nas próximas décadas", disse.

Qiu Xiaoqi afirmou que entende a preocupação do Brasil com o fato da China comprar basicamente commodities brasileiras e exportar produtos manufaturados. "Estamos fazendo um esforço para um comércio mais equilibrado em todos os sentidos, inclusive na estrutura do comércio", disse. "Mas é importante que os empresários brasileiros estudem com mais atenção o mercado chinês. É um mercado aberto. É importante que as associações de empresários façam estudos mais profundos para que, com isso, possam fazer um trabalho mais eficiente".

O embaixador revelou, ainda, que os empresários chineses pretendem sair do Fórum com a presidente, marcado para a visita a Pequim, com mais possibilidades de investimento no Brasil. "Um aspecto importante é a diversificação dos interesses chineses no Brasil", afirmou.

Perguntado sobre o câmbio supervalorizado da moeda chinesa e se seria um tema do encontro com a presidente, Qiu Xiaoqi afirmou que "esse não é um tema de reunião bilateral e não será importante". De acordo com o embaixador, a China desvalorizou em 30% sua moeda nos últimos 15 anos e "vai persistir nessa atitude responsável". "Não vamos fazer nada sobre pressão. Não é saudável para a economia mundial", disse.

 

 

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