Garantir padrão de marcas internacionais é desafio para empresas de representação

Seja no comércio com o cliente final ou no atendimento a outras empresas, muitos negócios brasileiros optaram por ser a ponte entre o consumidor e grandes marcas. Ao invés de produzirem um mix próprio, reúnem no portfólio produtos para determinados segmentos que trazem renome de companhias globais. Mas o que pode parecer uma sacada certeira acaba se tornando um problema se não for bem administrado.

De acordo com o consultor empresarial Roberto Vilela, um dos grandes desafios neste segmento é manter no atendimento e na entrega padrões exigidos e cultivados pelas marcas parceiras. “Quando você compra algum produto muitas vezes o faz por já conhecer o fabricante ou por indicação de alguém em quem confia. E se o negócio é fechado com um representante, você quer ter os mesmos benefícios que conseguiria adquirindo da produtora. Para quem aposta na representação, manter essa identidade é essencial e desafiador”, explica.

Para ele, o fato de empresas deste ramo não terem atribuições e custos de produção e desenvolvimento de produtos é uma vantagem. “Sua equipe tem mais tempo para pensar em estratégias de atuação, estudar o mercado e o portfólio, gerir as vendas e o relacionamento com o cliente”, avalia. No entanto, se não houver uma preocupação em seguir os princípios das marcas parceiras, o consumidor pode acabar se afastando do negócio. “Já vi muitas empresas descuidarem de questões relacionadas ao atendimento que impactam profundamente no negócio. Por isso, antes de escolher quem representar, deve-se estudar o negócio e o produto e garantir que ele siga as diretrizes que você considera fundamentais para a sua empresa”, indica o consultor.

Marcas globais e liderança de mercado
Ser o rosto que traz para mercado equipamentos e suprimentos renomados mundialmente é a estratégia da Global Química & Moda (GQM). Com parcerias que envolvem multinacionais como Epson e Sensient, a empresa se tornou líder brasileira no fornecimento de insumos para impressão digital têxtil. “Nosso grande ativo é o relacionamento com o mercado. Investimentos em ações comerciais e no preparo da equipe para fazermos a diferença para os clientes. Eles optam por produtos reconhecidos em todo o mundo, mas tem a proximidade da GQM para resolução de dúvidas e suporte”, explica Felipe Sanchez.

De acordo com Roberto, esse é o cuidado que faz das marcas que representam se tornarem consolidadas. “É importante pensar que o seu cliente, seja empresa ou pessoa física, não quer ser esquecido depois da compra. O suporte e o relacionamento envolvidos antes, durante e depois do negócio é que vão fazer a diferença”, conclui

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