Inadimplência das empresas recuou 3,8% em outubro, frente mesmo mês de 2009

A inadimplência das empresas brasileiras recuou 3,8% em outubro deste ano, frente o mesmo mês do ano passado. Esta foi a maior queda entre esses meses desde 2004.

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta terça-feira (30), também houve queda significativa no acumulado do ano, com decréscimo de 6,2%, o maior para a relação entre os dez primeiros meses desde 2004.

Já na comparação mensal, frente a setembro deste ano, a inadimplência dos negócios, apresentou retração de 3,4%. Nesta comparação, também se verificou o mais baixo percentual entre os dois meses desde 2000, ano em que o levantamento começou a ser feito.

Segundo os analistas da instituição, depois do menor desempenho do consumo e da produção no 3º trimestre, em razão da política monetária restritiva, a reação esperada para a economia no último trimestre de 2010 traz expectativas positivas para as finanças empresariais no período.

Eles também afirmam que a inadimplência da pessoa jurídica vai fechar 2010 com variação negativa em relação a 2009, ano que registrou elevado indicador (18,8%), como consequência da crise e da menor oferta de crédito.

Análise mensal
Para os analistas da Serasa, com juros mais estáveis, as empresas passaram a contar com maior previsibilidade em relação aos seus custos de capital.

Na análise mensal, os protestos contribuíram com queda de 4,7%; os cheques, com recuo de 2,5%; assim como os bancos (-2,5%).

Empresas
Na análise por porte, na comparação mensal, a inadimplência das grandes empresas apresentou baixa de 13,6%. A taxa das médias empresas ficou 3,4% menor e das micro e pequenas empresas registrou queda de 3,1%.

Na comparação anual, a inadimplência das micro e pequenas empresas registrou queda de 3,7%. Nas grandes, o recuo foi de 3,2% e, nas médias, a queda foi de 9,3% frente a outubro de 2009.

Metodologia
O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Jurídica, por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com as instituições financeiras. A divulgação é mensal.
 

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