Inflação pelo IGP-M avança 0,86% na segunda prévia de outubro

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,86% na segunda prévia de outubro. O resultado foi superior ao registrado no levantamento do mesmo período de setembro (0,04%). Os dados foram divulgados hoje (20) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e mostram que no ano o indicador acumula alta de 9,40% e de 12,10% nos 12 meses até outubro.

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Prços no Atacado (IPA), responsável por 60% da taxa global, subiu 1,11% no período, depois de ter registrado leve deflação de 0,03% no levantamento anterior. A taxa relativa aos bens finais passou de – 0,05% para alta de 0,27%, com destaque para os alimentos in natura (de -4,50% para -1,19%).

O item bens intermediários passou de 0,78% para 1,19% e foi influenciado pelo comportamento dos preços de materiais e componentes para a manufatura (de 0,52% para 1,02%). As matérias-primas brutas passaram de deflação de 1,22% para alta de 1,93%. Contribuíram para o resultado tomate (-25,67% para 14,92%), mandioca (-2,10% para 27,84%) e minério de ferro (3,86% para 12,49%). Aves (1,49% para -0,81%), cana-de-açúcar (1,37% para estabilidade) e café em grão (3,04% para 0,38%) sofreram desaceleração.

A FGV também registrou alta no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que teve elevação de 0,13% na segunda prévia deste mês, após deflação de 0,12% na segunda prévia de setembro. O movimento do IPC foi influenciado pela queda menos intensa observada nos alimentos (de –1,07% para –0,21%), com destaque para hortaliças e legumes (de -8,90% para -3,78%), arroz e feijão (de -4,26% para 0,99%) e laticínios (de -2,56% para -1,57%).

Também sofreram desaceleração os preços de vestuário (de -0,22% para 0,85%) e habitação (de 0,22% para 0,33%), despesas diversas (1,10% para 0,28%), educação, leitura e recreação (0,38% para 0,04%), saúde e cuidados pessoais (0,32% para 0,19%) e transportes (0,13% para 0,11%). O IPC responde por 30% do IGP-M.

Em movimento contrário, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável por 10% da composição da taxa global, sofreu leve desaceleração, passando de 0,89% para 0,91%. Este resultado foi influenciado pelo custo da mão-de-obra, cuja taxa recuou de 0,29% para 0,13%. Já o índice de materiais e serviços avançou de 1,45% na apuração de setembro para 1,54% nesta leitura.

Para calcular o IGP-M, a FGV comparou os preços vigentes entre os dias 21 de setembro e 10 de outubro.

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