Varejo perde vendas por falta de produtos nas prateleiras

Nenhuma venda pode ser perdida, principalmente, em tempos de desaceleração econômica. Ainda mais relevante quando se trata do varejo, onde cada centavo deve ser contabilizado. Segundo dados da NeoGrid, empresa de software e serviços para a gestão da cadeia de suprimentos, o varejo brasileiro teve cerca de 10% de ruptura (porcentagem de produtos que faltam nos pontos de venda) no mês de junho, dos quais 5% representam vendas perdidas que poderiam ter incrementado o faturamento dos varejos e indústrias do país.

A análise foi baseada nas cinco categorias de produtos mais vendidas nos supermercados do Brasil: cervejas, bolachas e biscoitos, leite longa vida, iogurte e refrigerantes, que tiveram aproximadamente 1,7 bilhão de unidades comercializadas.

Os dados mostram também que o principal motivo para essa perda de vendas é a falha de execução nas lojas (56%). Desse total, 26% se referem à gôndola desabastecida (o produto estava disponível no estoque físico, mas a prateleira não foi reabastecida); e 30% ao estoque virtual (o produto ainda constava no sistema de informações da loja, mas fisicamente não estava mais disponível para venda ao consumidor).

Já em 40% dos casos, os produtos não estavam disponíveis porque o varejo não colocou o pedido para o fornecedor ou por falha na entrega.

O número de vendas perdidas por indisponibilidade de produtos chegou a 7% em janeiro e caiu no fim do primeiro trimestre, registrando 4% em março. Nos meses seguintes, voltou a subir e fechou o segundo trimestre em 5%.

Os dados foram calculados pela solução NeoGrid Supply Chain Benchmark Powered by Nielsen, que traz o conceito OSA (On Shelf Availability), indicador que reúne informações homologadas de mais de 10 mil lojas de varejos do Brasil e que mede, diariamente, a disponibilidade de produtos na gôndola, a venda estimada por produto, por loja e por dia, as causas das faltas desses itens e como corrigi-las.

 

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