Vendas dos supermercados crescem 9,28%

A alta foi registrada em relação ao mês de fevereiro. Em comparação a março de 2010, o crescimento foi de 1,94%. O acumulado do trimestre teve alta de 2,79%

As vendas reais do setor supermercadista em março de 2011 cresceram 9,28% na comparação com o mês imediatamente anterior e 1,94% em relação ao mesmo mês do ano de 2010, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta chega a 2,79%. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.

Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras de março apresentou aumento de 10,14% sobre fevereiro de 2010 e alta de 8,37% em relação a março do ano anterior. Já no acumulado do trimestre as vendas cresceram 9,06%.

“O crescimento das vendas no mês de março em relação ao mês anterior se explica pelo efeito calendário, pois são 31 dias contra 28 em fevereiro. Já no acumulado, a tendência de crescimento permanece, mas com menor impacto, 2,79% em relação ao mesmo período em 2010. Resultado esperado, já que neste ano o primeiro trimestre não contou com as vendas de Páscoa, que serão contabilizadas em abril”, comenta Sussumu Honda, presidente da Abras.

AbrasMercado

Em março, o AbrasMercado, analisado pela GfK e que acompanha as oscilações de preços em todo o país, apresentou queda de 0,43% em relação a fevereiro. O índice IPCA/IBGE apresentou alta de +0,79%. No acumulado dos últimos doze meses, o AbrasMercado apresentou alta de 8,3%.

Os produtos com as maiores altas foram os commodities: cebola, com 22,56%; batata, com 17,94%; tomate, com 11,93% e ovo, com 4,28%. Já os produtos com as maiores quedas foram: biscoito maisena, com -4,22%; pernil, com -3,85%; feijão, com -3,53% e carne traseiro, com -3,08%.

Com exceção do Sudeste, que teve alta de 0,02% em sua cesta, todas as outras regiões pesquisadas apresentaram queda: Norte, com -1,2%; Sul, com -0,44%, Centro-Oeste, com -0,29% e Nordeste, com -0,21%.

Criado em 2001 pela GfK em conjunto com a Abras, o AbrasMercado avalia o custo de 35 categorias de produtos que compõem a cesta em todas as regiões do país. Adequações em produtos, quantidades e marcas possibilitam avaliar a cesta de acordo com hábitos de consumo específicos de cada região.

Faturamento dos supermercados alcança R$ 201,6 bilhões em 2010

De acordo com o 34º Ranking Abras 2011, as vendas do setor representaram 5,5% do Produto Interno Bruto do país.

O 34º Ranking Abras 2011, divulgado nesta quinta-feira, 28 de abril, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), aponta que o faturamento do setor em 2010 alcançou R$ 201,6 bilhões. Em 2010, o número de lojas chegou a 81,1 mil (aumento de 3,6% em relação a 2009), com 919,8 mil funcionários (crescimento de 2,2%) e área de vendas de 19,74 milhões de m² (aumento de 2,8%). O lucro líquido médio, em 2010, ficou em 1,9% sobre o faturamento.

As três maiores redes supermercadistas do Brasil representam 43% do faturamento do setor – aumento de três pontos percentuais em relação a 2009. As cinco maiores empresas tiveram uma participação de mercado de 46%. Já as dez maiores têm 51% de mercado – três pontos percentuais a mais do que no ano anterior. A novidade fica por conta da entrada da empresa SDB Comércio de Alimentos entre as 20 maiores. Até o ano passado a SDB não participava do Ranking.

De acordo com o Ranking Abras 2011, as perdas do segmento alcançam 1,6%. Em 2010, o total de investimentos aferido pela pesquisa foi de R$ 3,9 bilhões. Desse total, 31,3% foram destinados para a construção, 25,8% para aquisição de lojas, 16,1% para reforma e ampliação de lojas, 4,6% na aquisição de terrenos, 2% para equipamentos refrigerados e de climatização, 1,9% para automação e prevenção de perdas, e 1,1% para equipamentos gôndolas.

Já a previsão de investimentos para 2011, levando em consideração o declarado por 282 empresas, será de R$ 3,76 bilhões, mantendo o patamar aferido em 2010.

Quanto aos meios de pagamentos, os cartões de crédito representam 34% do faturamento, assim divididos: cartões de crédito de terceiros (20,2%) e cartões de crédito próprios (13,8%). Já o cartão de débito apresentou alta de 0,4 pontos percentuais e agora representa 17,1%, contra 16,7% em 2009. A modalidade dinheiro continua sendo a mais utilizada, com 36,6%.

De acordo com a pesquisa, do faturamento total das empresas do setor, 73% provêm de supermercados, 14% da venda no atacado,7% de bens duráveis, 2% de E-commerce, 2% da comercialização de combustíveis e 1% do canal farmácias. “Gradativamente as empresas supermercadistas incorporam partes substantivas de outras modalidades do varejo”, afirma o presidente da Abras Sussumu Honda.

 

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