Congresso YAMI discutirá a importância da preparação do jovem para esse cenário e o seu papel de multiplicador das tecnologias para outras gerações
O Brasil é um dos países que mais inova em tecnologias para o campo e o processo de digitalização no agronegócio tem crescido de forma acelerada. Esse movimento é impulsionado por meio de ferramentas de automação, big data e inteligência artificial, mas também evidencia um gargalo do setor: a falta de mão de obra qualificada.
Visando debater esse processo e o papel dos jovens na mudança, a quarta edição do Youth Agribusiness Movement International – YAMI reunirá, nos dias 26 e 27 de outubro, representantes do setor e a sua nova geração para a mesa-redonda “A juventude 5.0 no agro do futuro”.
O evento, que aborda o tema “O agro do mundo para a juventude do Brasil” é baseado numa necessidade detectada de que a juventude brasileira conheça diversas culturas e todas as relações que são possíveis de serem desenvolvidas tanto no campo das cooperações científicas, tecnológicas, startups quanto no campo do comércio, agroindústria, da venda e de acesso aos mercados internacionais.
Um levantamento realizado recentemente pela 360 Research & Reports mostra que o mercado global de agricultura digital deve crescer 183% até 2026, movimentando US$ 8,33 bilhões. O estudo aponta para um crescimento do setor de 15,9% ao ano neste período. O comparativo é em relação ao volume registrado em negócios em 2019.
Para o curador de conteúdo do congresso, o professor e Sócio-Diretor da Biomarketing José Luiz Tejon, é preciso ressaltar que em muito pouco tempo essa juventude estará no comando, na liderança das empresas, das fazendas, das cooperativas e de órgãos governamentais. “Este YAMI, que é um movimento internacional da juventude do agro, tem como espírito revelar a juventude do Brasil, todas a oportunidades existentes e como isso deve ser incorporado na sua competência, no seu conhecimento”, destaca.
E, neste cenário, a digitalização é mais do que uma ferramenta. Ela é um conceito fundamental para agregar valor no ambiente econômico do novo agro, que pode ser aperfeiçoado com o uso de softwares ou aplicativos, que introduzem no negócio o monitoramento informatizado, gerando melhores resultados e, até mesmo, o aumento da produtividade.
“O jovem tem um papel fundamental nesse novo momento, pois está mais familiarizado e inserido no mundo digital, oferecendo um novo olhar aos processos. O uso das novas tecnologias tende a transformar sistemas produtivos e dar mais velocidade e performance às atividades. Com isso, é possível maximizar a geração de valor em produtos e processos”, acrescenta a Show Manager do evento, Carolina Gama.
Carolina ressalta que a digitalização do agronegócio brasileiro é um tema recorrente nas edições do YAMI, por ser uma das mais importantes mudanças do setor nos últimos anos. “Debater o processo de introdução do digital na produção de alimentos com esse público, que atua diretamente com as tecnologias é entender como agregar ainda mais valor aos produtos vindos do campo e destacar as oportunidades que os jovens têm de crescer profissionalmente no agro, que ganha cada dia mais força na economia do país”, pontua.