O câmbio desfavorável tem motivado, mensalmente, queda nas exportações, principalmente nas de carnes e seus derivados. Em setembro, o volume de carne bovina exportada pelo Brasil teve queda de 19,8%, com impacto negativo também no faturamento dessas exportações, de -18,2%.
Todo mercado tem sofrido os prejuízos do câmbio desfavorável, com reflexo inclusive nas exportações de carne de frango, que tiveram redução de 1,1%, com queda de 1,2% na receita.
O impacto negativo não está apenas na queda nas exportações e no faturamento das empresas atingidas. Os problemas do câmbio desfavorável já entrarão na pauta permanente do setor, cujas companhias precisam constantemente rever seus indicadores e gestão, para manterem-se competitivas, produzindo cada vez mais e garantindo os empregos de todos os colaboradores e a sustentabilidade do negócio. E tudo isso seguindo as regras cada vez mais exigentes do mercado.
O prejuízo no Brasil chega ainda ao Governo, que perde arrecadação com a queda nas exportações. O consumidor também não ficou de fora, neste novo cenário. Para o ex-ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, mesmo com o câmbio desfavorável às exportações, os preços da carne estão mudando de patamar e sofrerão aumento. A chegada de novos compradores, principalmente de países emergentes, contribui para a elevação do preço da carne. Além disso, a seca deste ano é mais grave e a oferta aos frigoríficos está bem menor.