Aumentar os recursos do programa de garantia de preço mínimo, do seguro agrícola e da defesa sanitária será a prioridade do novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, que tomou posse hoje (23). Durante a cerimônia, Mendes disse estar à altura do desafio de comandar um dos setores mais importantes do país e repetiu que vai ouvir mais do que falar.
O novo ministro afirmou que assume o cargo de ministro da Agricultura tendo consciência de que “o sucesso da agricultura brasileira vem de longe e de muitos”. “Sendo assim, assumo com humildade a continuidade de políticas que ao longo dos últimos anos vem construindo um caso de sucesso”, discursou Mendes.
Natural de Porto Alegre (RS), o advogado Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho tem 57 anos e é deputado federal pelo PMDB gaúcho pela quinta legislatura. Desde 1º de julho, exercia a função de líder do governo no Congresso.
Mendes prometeu lutar por mais recursos para a agricultura e para garantir a renda do produtor. “Esse é um dos meus maiores desafios”.
No discurso de despedida, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi disse que “em nenhum momento” lhe faltou apoio por parte da presidenta Dilma Rousseff. Rossi, que deixou o cargo após a divulgação de que usou um jatinho de uma empresa com contratos com o ministério, ressaltou a importância do agronegócio para o país e ainda fez elogios ao vice-presidente, Michel Temer, responsável por sua indicação o cargo, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Quero expressar um agradecimento verdadeiro. A presidenta foi extraordinária na condição dessa minha substituição porque não me faltou, em nenhum momento, apoio, apreço e generosidade”, discursou Rossi.
O ex-ministro, que antes de deixar o cargo teve que responder a denúncias de corrupção no ministério e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disse o Brasil precisa reconhecer a importância da agricultura para a economia do país. “Se há um setor que o Brasil deve muito é o setor agropecuário”.
Para seu sucessor, Rossi desejou sorte e disse acreditar que ele terá o mesmo apoio que teve “do Congresso e do agronegócio”.