Produção de milho cresce e Brasil ocupa espaço no cenário internacional, com perspectiva de atingir de 9 a 10 mil hectares
A previsão para os próximos anos é que o cultivo de milho triplique no País e esteja ainda mais presente entre as preferências dos agricultores. Segundo Alysson Paolinelli, presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), a perspectiva é que a cultura atinja de 9 a 10 mil hectares, se forem utilizadas todas as tecnologias disponíveis hoje no Brasil.
“O milho tem oportunidade de produzir muito mais do que já produziu até agora”, comenta Paolinelli. Ele explica que, já na próxima safra, é possível que o cultivo do grão se iguale ao cultivo da soja e, eventualmente, até ultrapasse. “A soja e o milho sempre serão culturas complementares e importantes. O fato é que, ocasionalmente, a seca na região Sul do País atingiu muito mais as plantações de soja do que as de milho e, por isso, os números podem ser maiores para o milho no próximo levantamento”.
Para o presidente da entidade, o Brasil ocupará um espaço que está se criando n mercado internacional. “O milho está com uma demanda muito grande. O mercado internacional está melhor. A China informou que para manter seus estoques precisa de 20 milhões de toneladas. Para isso, é necessário que se tenha um planejamento estratégico, maior apoio e investimento por parte do governo”, diz.
Paolinelli ressalta ainda que o País possui vantagens que não podem ser desperdiçadas. “Temos uma vantagem competitiva excepcional, que é o clima tropical, o que nos permite fazer safras consecutivas, a chamada safrinha, e isso nos privilegia bastante. O milho safrinha, em grande parte do Mato Grosso, está passando de 130, até de 140 sacas por hectare, então há um volume. Além disso, temos tecnologia compatível com o mundo inteiro”, comemora.