Dólar em alta atrai micro e pequenas para exportação

O número de pequenos negócios que exportam cresceu 2,7% entre 2013 e 2014, segundo estudo desenvolvido pelo Sebrae, em parceria com a Funcex. “As micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras: 1998-2014 Brasil” aborda temas como: a evolução do valor médio exportado pelas MPE; os setores e ramos de atividades em que se concentram; as exportações por tipo de produto e por destino; entre outras informações.

“O câmbio certamente contribuiu para o aumento do número de pequenas empresas exportadoras brasileiras, que cresceu pelo segundo ano consecutivo”, informa Alexandre Comin, gerente de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae.

As microempresas e empresas de pequeno porte representaram 59,4% das empresas exportadoras do país, em 2014, e suas transações somaram R$ 2 bilhões. Esse valor foi 1% mais baixo do que no ano anterior. No entanto, a participação delas total das exportações brasileiras subiu de 0,77%, em 2013, para 0,82%, em 2014.

Em relação aos produtos, os manufaturados dominam a pauta, representando 83% das exportações das microempresas e 76% das vendas das empresas de pequeno porte. Em relação ao valor comercializado, entre as microempresas, 79,4% venderam até US$ 60 mil; já entre as empresas de pequeno porte, 95% exportaram mais de US$ 120 mil, em 2014. América Latina (Aladi e Mercosul), Estados Unidos e Canadá costumam ser os principais destinos das mercadorias exportadas pelos pequenos negócios.

Um dos problemas sinalizados pela pesquisa é o alto índice de descontinuidade. Desde 2005, o número de micro e pequenas empresas que desistem de exportar a cada ano tem sido bem superior ao número de estreantes, gerando um saldo negativo da ordem de 1.000 a 1.500 firmas a cada ano.

“O desempenho abaixo do desejado nas exportações das micro e pequenas empresas explicita as dificuldades que elas enfrentam. Porém, isso não deve desestimulá-las a investir na atividade exportadora, até porque os fatores cruciais de sucesso são a qualidade dos produtos, a eficiência do processo produtivo e a eficácia da gestão, os quais com orientação e apoio, todas podem conquistar”, conclui Comin.

 

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