Dia do Empreendedor: dicas para a retomada da economia

Empreender não é fácil, mas desde que iniciou a pandemia, vimos crescer a abertura de novos negócios. Essa foi uma das consequências do atual cenário, no qual vivemos o chavão “temos que nos reinventar”.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no balanço do primeiro trimestre, o país registrou mais de 14 milhões de desempregados, maior número da série histórica. E é com esse alto índice de desocupação que a palavra empreender ganha cada vez mais força. Segundo o Ministério da Economia, no início de fevereiro deste ano, foram contabilizados mais de 11 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil, sendo que no início de 2020, antes da pandemia, eram 9,3 milhões.

Mas por onde começar? Como empreender no mundo pós-pandemia? Se reinventar, não significa necessariamente mudar de profissão ou descobrir novos dons. Para Rodrigo Teixeira, CEO da Granito, empresa de soluções em pagamentos e entusiasta do empreendedorismo, é preciso planejar antes de abrir um novo negócio.

Confira cinco dicas para “se reinventar” com sucesso nessa retomada da economia.

1. Ao invés de olhar para as necessidades do mercado, olhe para dentro de si. Trabalhe no que você tem conhecimento e no que realmente gosta! “Não adianta abrir um serviço que está bombando por causa da pandemia, pois ele será momentâneo, passageiro. O mercado é cíclico e vive mudando. Mas se eu empreender naquilo que realmente tenho conhecimento e estudo, aí sim eu posso ter sucesso. Se eu gostar daquilo que
faço então, tudo acaba fluindo mais fácil. Temos que olhar para os nossos dons, nossos talentos, e não necessariamente seguir tendências em áreas que não fazem parte do nosso know-how”.

2. Busque trabalhar com atendimento personalizado. Fuja de robôs. “A evolução digital trouxe, sem dúvida alguma, muitas facilidades e praticidade na vida do pequeno e médio empresário. Descartar a tecnologia seria um verdadeiro fracasso. Mas devemos usá-la a nosso favor e não apenas como um diminuidor de tarefas. Claro que existem serviços pontuais que funcionam muito bem com atendimento feito por robôs (e isso não é errado, ao contrário, é evolução também!). Mas para quem está começando, procure saber as necessidades de seus clientes. Atenda com excelência e de forma personalizada. Você vai cativar as pessoas e fidelizar seu público. Hoje, o cliente
quer ser entendido, ele precisa ser ouvido”.
3. Invista em educação financeira. “Administrar um negócio requer entendimento sobre todos os processos de fluxo de dinheiro. Sabendo como funciona, você identifica facilmente os problemas e soluciona de forma muito
mais rápida. Compreender o que é capital de giro, lucro, caixa, tarifas, juros, entradas, saídas etc., torna tudo mais claro”.

4. Trabalhe com planejamento. “Se planejar é a ordem da vez. Quem abre um negócio precisa saber o porquê está abrindo, onde ele quer chegar e em quanto tempo. Deve definir e entender seu público-alvo e trabalhar focado em
seus objetivos. É aconselhável pesquisar quem são seus concorrentes e quais as tendências de mercado dentro do seu nicho. Planejar é essencial para se estruturar de forma robusta para que seu negócio sobreviva nos primeiros
anos, quando ocorrem os maiores desafios – o que geralmente leva três anos para pequenos empreendedores”.

5. Defina propósito e valores. “Esses são fortes pilares de sustentação de um negócio. Tendo definido propósito e valores, passe a vivenciar de fato esses compromissos e leve ao conhecimento de seus pares, fornecedores e clientes. Acredite neles! Hoje em dia as pessoas não buscam mais ‘o que’ você oferece, mas ‘como’ você oferece e quem você é. O que a imagem da empresa passa – e não só da porta para fora – é de extrema relevância, ainda mais em tempos tão desafiadores. Ofereça qualidade somada à responsabilidade social e ambiental.

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