Santa Catarina, estado referência em desenvolvimento de novas tecnologias, conheceu o Edital Sesi Senai de Inovação 2015, apresentado a empresários e empreendedores durante o lançamento do programa InovAtiva Brasil, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para aceleração de startups. Ao todo, serão R$ 40 milhões para financiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento de empresas em parceria com unidades do Senai.
O Edital garante pontuação extra às startups finalistas de qualquer edição do InovAtiva Brasil na avaliação dos projetos pelo Senai. Além disso, os bem avaliados pelo programa estão automaticamente classificados na etapa de Qualificação do Edital de Inovação. A apresentação foi feita pelo engenheiro Fábio Pires, especialista de Desenvolvimento Industrial do Senai.
Nos últimos dois anos, o público-alvo do Edital Senai Sesi de Inovação – empresas industriais e startups com bases tecnológicas – tem impactado os potenciais participantes do InovAtiva Brasil. Em 2014, foram 1.358 ideias inovadoras submetidas, 333 qualificadas (com potencial de mercado) e 96 aprovadas. Com o InovAtiva, o intuito é fornecer capacitação para todos – mesmo os não aprovados – por meio da plataforma de capacitação online e gratuita, ajudando no crescimento da ideia.
Novas ideias – O lançamento do InovAtiva reuniu cerca de 150 pessoas no auditório do SENAI, em Florianópolis, na última segunda-feira e apresentou cases de empresas catarinenses que conseguiram unir inovação e bons negócios. Uma delas é a startup Hórus Aeronaves, pioneira no estado na fabricação de drones. “A partir da mentoria e da capacitação, nós crescemos como empresa e como empreendedores. Foi também a primeira vez que tivemos a oportunidade de apresentar a nossa proposta para uma banca de investidores”, afirmou Fabrício Hertz, fundador da Hórus.
Outra experiência de negócio de sucesso foi apresentada pelo empreendedor Victor Levy, do CataMoeda. Com a narrativa da própria trajetória atuando no mundo dos negócios, Levy forneceu diversas dicas práticas e deixou um conselho final aos participantes. “O empreendedor social monta o seu negócio em cima de um cenário acomodado, promove a disrupção, faz dinheiro e recomeça novamente. No final, é importante que ele também se torne financiador de outros empreendedores”.
Na sequência, Marcus Muller, do fundo Cventures, esclareceu sobre as possibilidades de investimento e os principais pontos que uma startup precisa ter para recebê-los. Entre as características essenciais, Muller elencou um “time classe A”, foco em métricas, mercado grande, vantagem competitiva e capacidade de execução.