Uma das atividades mais comuns na vida do empreendedor moderno é lidar com as oportunidades de parcerias. Recentemente, em minha agência, contratamos uma consultoria que implementou o modelo “the business model canvas”. Trata-se de uma metodologia muito interessante para o empreendedor enxergar todo o seu negócio de forma clara e objetiva. Nesta temos a oportunidade de refletir sobre os aspectos racionais e emocionais que envolvem a nossa empresa. Estruturamos o nosso pensamento sobre aspectos tais como: segmentos de clientes, ações de relacionamento, nossos canais de distribuição, proposta de valor, e uma das reflexões desta metodologia é sobre parceiros fundamentais.
Na minha humilde opinião, estruturar uma parceria de sucesso exige os mesmos cuidados quando pensamos em convidar um sócio para nosso negócio. Na vida empresarial, o parceiro tem uma grande importância no resultado de sua empresa. Se esta relação for de sucesso, os resultados positivos para ambas as empresas serão representativos. Agora, uma parceria mal estruturada pode ser uma grande dor de cabeça também. Nesta hora surge a pergunta que muitas vezes os livros de administração não abordam – e não respondem – que é “Como construir uma parceria de sucesso?”. Bom, vou dividir com vocês um pensamento que construí nestes nove anos e peço que fique à vontade para refletir, pois não somos donos da verdade.
O primeiro passo que devemos dar é pegar uma folha de papel e fazer uma linha no centro. De um lado, você escreve o nome da sua empresa e do outro o nome do seu parceiro. O primeiro ponto a pensar de cada empresa é referente ao seu patrimônio intelectual, ou melhor, o que cada empresa irá entregar na parceria. Tente ser o mais detalhista possível para ficar fácil o entendimento de que existe de fato a real necessidade da parceria. Como tudo na vida, os relacionamentos só acontecem porque são complementares.
Passado esta primeira etapa, o segundo ponto é detalhar todos os custos referentes para entregar as propriedades intelectuais de cada empresa, isto é, para minha empresa entregar este produto ou serviço existe um custo mínimo de X, enquanto o seu parceiro para complementar o produto ou serviço terá um custo mínimo de Y. O terceiro ponto a ser pensado são as fontes de receitas geradas pela comercialização deste produto ou serviço.
Existem duas formas de pensar sobre o fator dinheiro: a primeira possibilidade é cada empresa ficar com a sua parte ou uma segunda possibilidade que pode ser superinteressante são as duas empresas construírem uma mecânica de dividir os resultados, pois assim cada uma terá um maior envolvimento em aumentar as vendas nessa parceria, afinal você em ganhar sozinho, a vida prospera para quem pensa em dividir o bolo! Esta é uma das grandes verdades que aprendi como empreendedor.
Depois de avaliado todos estes pontos não se esqueça de uma etapa fundamental: os aspectos emocionais. Avalie se você tem empatia com o seu parceiro ou sócio. Isso faz uma grande diferença no mundo atual. Tanta pressão e desafios que preferimos trabalhar com quem temos, pelo menos, alguma admiração e, acima de tudo, respeito no convívio. Acredito, caro leitor, que depois destas dicas você terá maior visão para avaliar as suas parcerias e modelar seu negócio, para atingir sucesso em suas relações. Boa sorte!