Startup criou sistema autônomo para funcionar dentro dos condomínios, clubes ou hotéis com qualidade e segurança
A demanda surgiu em meio a pandemia e três empreendedores em Balneário Camboriú (SC) – Guilherme Mauri, Marcelo Villares e Douglas Pena – idealizaram uma startup que levasse praticidade, conveniência, qualidade e segurança por meio de um minimercado autônomo, baseado no conceito de honest market. Assim nasceu a Minha Quitandinha, especializada em tecnologia no varejo e que, com menos de um ano de existência, despertou o interesse de dois investidores anjos. O valor não foi divulgado, mas de acordo com Marcelo Villares, COO e sócio da Minha Quitandinha, o montante será utilizado para ampliar a equipe com profissionais especializados, aprimorar as tecnologias oferecidas e também em marketing.
“Esse investimento vai nos permitir expandir nossa atuação e ganhar tração no mercado, além disso vamos dobrar nosso quadro de colaboradores passando de 10 para 20”, explica Villares. O executivo revelou ainda que a meta é chegar a 800 unidades abertas e faturar R$ 200 milhões em dois anos.
Ao apostar em um novo negócio, quando a economia mostrava sinais de retração, foi ousado. Os sócios dizem que entendiam que tudo isso iria passar, e enquanto muita gente estava com medo de investir em algo durante a crise, pensaram em ser essa a hora certa de fazê-lo. “Historicamente sabemos que após uma crise, principalmente causada por um fator maior, como uma pandemia, vem um boom de crescimento, e queríamos estar prontos para aproveitar esse momento”, afirma o CEO da empresa, Guilherme Mauri.
Ele conta que a pandemia influenciou para o desenvolvimento do negócio em dois fatores: “Primeiro, sabíamos que a automação do varejo iria se acelerar para funcionar durante a pandemia. Isso é algo que veio para ficar. E sabíamos que durante e ao final da crise, muita gente estaria sem emprego e gostaria de uma oportunidade de empreender. Por isso criamos o sistema de licenciamento de nossa marca.”
Os desafios foram e são muitos, pois criar uma empresa do zero e fazê-la crescer não podendo ficar sempre no escritório, junto com seus sócios e com seus funcionários não é tarefa fácil. “Mas a tecnologia disponível hoje em dia ajuda muito nesse sentido, compensando boa parte desse problema. Além disso, fechar parcerias, trazer clientes e gerar novos negócios sofreu um impacto durante a pandemia. Mas acreditamos que todos aprendemos um pouco com esse período”, relata Guilherme.
Atualmente, a Minha Quitandinha está presente em quatro estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pará, e enxerga um grande potencial para crescer com este modelo de negócio em meio a pandemia do coronavírus. São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rondônia são os próximos estados a receber o minimercado autônomo, ainda neste primeiro semestre de 2021.
O que vai ficar
“A automação do varejo, mercado no qual estamos inseridos, certamente veio para ficar e tende a crescer aceleradamente nos próximos anos, com novas tecnologias sendo desenvolvidas em todo o planeta”, diz Guilherme.
Sobre a Minha Quitandinha
A Minha Quitandinha é uma startup de tecnologia em varejo, que surgiu no ano de 2020, em Santa Catarina, em meio a pandemia do coronavírus. Idealizada por três empreendedores, a empresa instala um equipamento dentro de condomínios residenciais verticais e horizontais, empresas, hotéis, clubes, marinas e academias, que opere durante 24 horas por dia, sete dias por semana. O minimercado inteligente é indicado para condomínios a partir de 150 apartamentos/casas e demais locais, com fluxo médio diário acima de 500 pessoas. www.minhaquitandinha.com.br