Modalidade compacta de franquia é aposta da Escola do Mecânico

Seguindo o modelo ESG de impacto social, empresa visa reduzir a escassez de mão de obra especializada no País e estima faturar R$ 70 mihões

De olho no potencial de crescimento, a Escola do Mecânico, edtech de impacto social que forma mecânicos para a força de trabalho, dá mais um passo importante rumo à ampliação da rede. Para isso, reformulou todo o plano de expansão de franquias e passa a oferecer a modalidade compacta e mais acessível, direcionada para quem deseja empreender uma oficina mecânica.

A estratégia visa aumentar a capacidade de escala, além de reduzir a carência de mão de obra especializada no País que ainda é muito grande, contrastando com a alta demanda na procura por reparação. Com a implantação do novo modelo, a escola estima aumentar a receita em 23% no próximo ano, e faturar perto de R$ 70 milhões, ante os R$ 50 milhões previstos para esse ano.

“Temos oportunidade para isso já que é uma modalidade de franquia compacta, um novo modelo de crescimento sustentável e em plena expansão. A ideia é gerar demanda em regiões em que a escola não está presente ainda. Além disso, temos como propósito fomentar e tornar acessível a educação em reparação automotiva, e assim, preencher uma lacuna existente no mercado que é a falta de mão de obra especializada”, afirma Sandra Nalli, CEO e fundadora da Rede Escola do Mecânico.

Segundo estimado pelo Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, aproximadamente 53,6 milhões de veículos devem demandar serviços e peças na reparação automotiva em 2023. Se o dado se confirmar até o final do ano, isso reflete um volume aproximado de R$ 70 bilhões em negócios.

Até o momento, a escola soma 37 unidades em operação – esse número também contempla unidades próprias -, sendo quatro no modelo compacto lançadas nos Estados do Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Pernambuco. Até o final do ano, a previsão é inaugurar mais três compactas em Sorriso, localizada no Mato Grosso (MT), Barreiras no interior da Bahia (BA) e Marabá no Pará (PA). Em 2024, a meta é audaciosa, duplicar esse número para 80 nas duas modalidades de negócio.

Para atingir esse plano, além do investimento em novas tecnologias e aprimoramento dos programas de formação, Sandra tem ao lado como braço direito Rogério Silva, diretor de operações da escola, o qual coube a missão de colocar o plano em prática. O profissional acumula larga experiência no setor automotivo e de educação, com passagem em grandes empresas como Dpaschoal e Wydem Educacional.

Ele defende que o modelo permite impactar positivamente o segmento e a comunidade, já que a atuação principal se dará pela geração de emprego e renda. “A modalidade compacta, somada à experiência e qualidade de uma oficina local, tem como visão de gerar mão de obra para si e para o mercado. Isso tudo atrelado à gestão de base do ESG, já que o nosso modelo de franquia é pautado no conceito prático de impacto social, ou seja, por meio dos programas de formação criamos condições para que os nossos alunos transformem suas vidas fazendo o que amam”, afirma Silva.

Aporte e subida em escala

Fundada em 2011, a escola nasceu com a missão de formar profissionais qualificados para o mercado de reparação automotiva. A ideia partiu da percepção e dificuldade de Sandra para recrutar bons profissionais na área de reparação automotiva, quando até então trabalhava para uma grande empresa.

Diante deste quadro, a empresária começou a passar seu conhecimento adiante, formando voluntariamente menores infratores da Fundação Casa, na cidade de Campinas. Com o passar do tempo, a demanda foi crescendo e, a partir deste projeto social, nasceu a Escola do Mecânico, que hoje é referência no setor e forma anualmente milhares de mecânicos disputados no mercado de trabalho, nas áreas de Linha Leve, Pesada e Motocicletas.

Criou um aplicativo “Emprega Mecânico” 100% gratuito que conecta alunos formados e o mercado de trabalho. Em 2021, a escola recebeu investimento da Yunus Corporate, conhecido como o banco dos pobres e dos negócios sociais, que aportou R$ 1 milhão – um dos poucos negócios fundado por uma mulher a ser selecionado para receber o investimento. O montante foi empregado em marketing, canais de aquisição, pessoas, novos cursos e tecnologia, com o objetivo de aumentar a capacidade de impacto.

Raio-x da franquia

Taxa de franquia R$ 39.900,00

Área mínima do ponto comercial: 20m2 para uma sala de aula de 15 lugares.

Prazo de retorno do investimento (payback): estimado em 18 a 24 meses
Faturamento mensal: (estimado): R$ 70.000,00

Lucro médio mensal: 20%

Taxa administrativa: 15% sobre o faturado.

(Foto Sandra Nelli e Rogério Silva, da Escola do Mecânico)

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