Diante da crise, trabalhar por conta própria tem sido a saída para muitas pessoas que estão perdendo o emprego. Conforme a Pnad, realizada pelo IBGE, no final do primeiro trimestre de 2015 o Brasil tinha 21,7 milhões de trabalhadores autônomos. Um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2014. Segundo a Serasa Experian, mais de 800 mil empresas foram abertas no País entre janeiro e maio deste ano, especialmente no setor de serviços.
O consultor em gestão de pessoas, Eduardo Ferraz, destaca os primeiros passos para quem pretende empreender. “A primeira providência é não se precipitar. Não faça as coisas na intuição ou no improviso e não comece uma empresa do zero, sem dispor de nada. Se tiver um emprego, não peça demissão. Primeiro, junte o capital, estude e conheça mais sobre empreendedorismo para evitar erros comuns, como misturar as economias da empresa com as contas pessoais”. É preciso fazer um planejamento detalhado para compensar a falta de experiência no ramo em que vai atuar. “Além disso, antes de pensar em abrir qualquer negócio, é preciso contar com uma reserva financeira para suportar alguns meses com baixo faturamento”, completa.
Eduardo explica que os primeiros dois anos vão ser difíceis. “Nesse período o empresário não terá férias e cumprirá jornada de mais de 8 horas por dia. É preciso vocação, preparo emocional, jogo de cintura e perseverança para alcançar sucesso no mundo dos negócios”.
Por fim, seis meses antes de montar um negócio, é preciso fazer o estudo de viabilidade. “Esse planejamento consiste em pesquisar sobre o empreendimento que quer abrir, ou seja, entender como as empresas do ramo funcionam, conhecer os riscos financeiros e os concorrentes, contabilizar os investimentos necessários e analisar a localização em que quer montar o estabelecimento.”