Desde eventos e atividades até novos projetos, negócios inovadores abraçam desafios sociais e sustentáveis
Conectadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU em 2015, algumas empresas vêm revolucionando o mercado, trazendo modelos de negócios inovadores, aprimoramento das tecnologias e planejando novas ações as quais ajudam no preparo para responder e atingir a agenda da ONU de alcançar até 2030 um mundo melhor para todos os povos e nações. Ainda que práticas de ESG estejam em voga e sendo constantemente adotadas por empresas dos mais diversos segmentos, essas empresas foram além: mais do que desenvolver ações que visem minimizar seus impactos no meio ambiente, fizeram da causa global o centro do seu negócio.
Os 17 objetivos constituem uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas para guiar a humanidade. Com isso, as empresas privadas passaram a investir e levantar a bandeira da conscientização dentro das organizações e apoiando a rota do negócio para trabalhar em cima dos objetivos correspondentes..
Fundada por Tomás Abrahão, a Raízs é uma foodtech de orgânicos e saudáveis pioneira em valorizar o pequeno produtor promovendo um laço entre a cidade e o campo, por meio da ligação entre as famílias de pequenos produtores e os produtos comercializados na grande São Paulo. Conectada ao 12° objetivo de desenvolvimento sustentável: consumo e produção responsáveis, a foodtech tem em vista o aprimoramento de sua tecnologia própria, baseada em Inteligência Artificial, que prevê o consumo de cada ciclo e faz com que sejam retirados do solo apenas os alimentos que serão, de fato, consumidos. Dessa forma a Raízs quer diminuir ainda mais o desperdício de alimento, não apenas nas regiões em que a plataforma atua, mas sim no país como um todo, e garantir também maior sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente do início ao fim da cadeia, evitando o uso desenfreado do solo.
Para colaborar com o 11° ODS: Cidades e comunidades sustentáveis, o Instituto I.S, liderado por Rodrigo França, possui atividades e eventos dentro do projeto Estação do Conhecimento com o intuito de proporcionar maior aproximação da comunidade com as instituições de ensino, poder público e empresas e dessa forma promover ainda mais a economia criativa da cidade de Taubaté e região do vale do Paraíba visando um modelo de smart city. Baseado na agenda ESG, as iniciativas pretendem focar no desenvolvimento socioeconômico e estratégico de políticas públicas, englobando também outros temas como economia criativa, inovação e preservação do patrimônio. Atualmente, o instituto, organização Social Civil privada e sem fins lucrativos, fundada em 2011, que atua no modelo think tank, conta com o projeto da Estação do Conhecimento, que recebeu apoio financeiro do BNDES, EDP, MRS e Gestamp, para viabilizar, por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), via Edital Resgatando a História, as obras do restauro do Complexo Ferroviário de Taubaté. Todo o planejamento da Estação vem sendo construído para, em 12 meses, ser um ecossistema de inovação, conteúdo e networking, cumprindo seu papel de empoderar a sociedade de forma que ela se desenvolva muito além do fator econômico.
Já a Alacero, Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover sustentabilidade, emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Alinhada ao objetivo 9 da ODS: Indústria, inovação e infraestrutura, a Associação incentiva o nearshoring para todos os países produtores de aço da América Latina, isto é, que os países consumam o material da própria região isso porque a América Latina tem uma média de emissões de CO2 por tonelada de aço bruto inferior ao mundo e muito inferior à China. Para cada tonelada de aço produzida na América Latina, é emitida 1,6t de CO2, enquanto a média mundial é de 1,8t e a da China é de cerca de 2,1t.
A Semente é uma empresa de consultoria e educação empreendedora que capacita pessoas e ecossistemas a inovar com propósito de gerar prosperidade. Há mais de 10 anos, trabalha a inovação como estratégia, tendo como objetivo gerar resultados de impacto positivo junto a pessoas empreendedoras, grandes companhias, entidades públicas e privadas, visando a resolução de problemas socioambientais e econômicos. Conectada com o objetivo 5 da ONU, que representa Igualdade de gênero, a empresa fechou 2022 com apoio a mais de 2 mil empreendedoras e com projetos em 15 estados. O número de mulheres apoiadas já representa 80% do total de pessoas atendidas pela empresa no ano passado. Para esse ano, a Semente continua com seus projetos de empreendedorismo feminino com o intuito de continuar apoiando as mulheres.
A Food To Save, por sua vez, é uma foodtech sustentável que nasceu para revolucionar o desperdício de alimentos no Brasil. A empresa atua como um elo entre estabelecimentos que possuem excedentes de produção e clientes engajados e preocupados com o consumo consciente. Além de ajudar o planeta, a foodtech democratiza o acesso aos alimentos, respondendo diretamente ao objetivo 2 da ODS: Fome zero e agricultura sustentável, visto que, os produtos ofertados nas sacolas surpresas podem chegar em até 70% de desconto no app, dando mais oportunidades para diversos públicos adquirirem os alimentos dos mais de 2000 estabelecimentos parceiros.
Com foco no ODS 4: Educação de qualidade, a Proesc, edtech amapaense que desenvolve soluções inovadoras para instituições de ensino, atua há 14 anos digitalizando escolas em mais de 5 países. Nascida no norte do país, foi responsável por implementar internet nas unidades escolares do estado do Amapá para acessibilizar o uso da ferramenta para os alunos, professores e gestores. Atualmente, com o objetivo de acelerar a transformação digital da educação e promover um enino de qualidade, a plataforma oferece serviços integrados que facilitam o acompanhamento de atividades, aulas e o diagnóstico da instituição escolar a fim de promover melhorias no ensino pedagógico. Assim a Proesc assegura uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos.
Como especialistas em gerar impacto no ecossistema de negócios, inovação e maternidade, a B2Mamy, é a Socialtech que conecta mães e mulheres em comunidade tornando-as líderes e livres economicamente por meio de educação, empregabilidade e pertencimento. Integrando agora a lista de empresas ligadas ao Pacto Global da ONU, a startup atua em prol dos objetivos 5 e 8 da ODS, que estão conectados, respectivamente, a igualdade de gênero e trabalho decente e crescimento econômico. Com diferentes frente, elas oferecem programas de capacitação e aceleração de empresas lideradas e fundadas por mães e mulheres, além de contar com programas de recolocação no mercado de trabalho e desenvolvimento de carreiras. Ao longo de 07 anos de existência, a empresa já contribui na geração de mais R$ 27 milhões em renda e, por meio de um modelo de negócio B2B2C, já uniu grandes marcas como a Mustela, Multikids, Sproutfi, PinePR, entre outras que desejam investir em impacto social com a comunidade. A expectativa da organização é dobrar esse valor em 2023 e transformar a vida de ainda mais mães e mulheres por meio de novas edições de programas de aceleração e capacitação, além da parceria com grandes marcas e empresas.
Já a Connecting Food, primeira foodtech brasileira especializada em conectar os alimentos que seriam descartados por empresas, mas ainda bons para o consumo, às organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, traz impacto positivo nessas duas questões críticas da atualidade. Atrelada ao objetivo 12 da ODS: consumo e produção responsáveis, a foodtech, por meio do uso de tecnologia, dados e conexões, move o “S” do ESG para o centro da estratégia das empresas da cadeia de alimentos e de quaisquer outras organizações que queiram atuar neste mesmo sentido, e, como consequência direta, também do “E”, isso porque o impacto socioambiental é igualmente minimizado em toda a cadeia produtiva. Além disso, a empresa traz um aprofundamento, relevância e liderança maior também no “G” da sigla – pilar que faz referência à Governança Corporativa. Toda a operação da Connecting Food é realizada com uma minuciosa análise de dados, passando pela aplicação de processos ágeis, treinamento de equipes e destinação dos alimentos excedentes bons para consumo a organizações da sociedade civil, com verificação da idoneidade dessas organizações e o acompanhamento de todo o processo, para assegurar que a comida realmente saia dos doadores e chegue a quem precisa. Desse modo, a foodtech direciona sua atuação para apoiar o setor a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Com foco no objetivo 3 da ODS: Saúde e bem estar, a Vittude é a healthtech referência em programas de gestão estratégica de saúde mental para empresas. Por meio da plataforma proprietária, a empresa oferece uma solução completa para o bem-estar psicológico dos colaboradores por meio de diagnóstico, educação emocional, aculturamento de saúde mental e psicologia online. Criada com o objetivo de democratizar o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, a startup possui atualmente 200 clientes em todo o Brasil. Para seguir impactando mais vidas, a startup pretende aprimorar ainda mais as tecnologias internas e desenvolver, em parceria com os clientes, soluções mais completas para a necessidade de cada negócio.
Já a Newa, consultoria de DE&I e saúde emocional para as organizações, impacta positivamente nos seguintes objetivos da ODS – 5: Igualdade de gênero, 8: Trabalho decente e Crescimento econômico, 10: Redução das desigualdades e 16: Paz, Justiça e Instituições eficazes. A empresa prepara as organizações por meio de sensibilizações, workshops, treinamentos e consultorias com o propósito de construir uma sociedade mais justa e com mais equidade.