A queda na atividade da indústria brasileira e as incertezas no cenário da economia mundial levaram os empresários a prever um ano de 2012 com crescimento menor do que o previsto. A constatação está na edição de outubro-novembro da Sondagem de Investimentos da Indústria, divulgada hoje (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o levantamento, 50% das empresas programam gastar mais no ano que vem em capital fixo, proporção menor do que as 55% que tinham essa expectativa no mesmo período do ano passado.
A parcela das que projetam redução de investimentos nessa área aumentou de 15% para 17% em relação ao bimestre outubro-novembro de 2010. Entre as empresas que projetam desembolsos mais robustos em capital fixo no ano que vem, a maior parte (36% contra 33% no ano passado) definiu esse crescimento entre 5,1% e 10%.
Uma expansão entre 10,1% e 20% foi prevista por 24% das empresas, mesmo percentual do ano passado. Outros 20% estimam um aumento de investimentos entre 0,1% e 5%, contra 17% de empresas. Uma elevação superior a 20% foi projetada por 20% das empresas, o que revela queda em relação aos 26% das empresas no ano passado.
O levantamento também traz informações sobre as expectativas de contratações de pessoal pela indústria. A parcela de empresas que pretendem aumentar seu quadro de pessoal passou de 43%, nas previsões feitas para 2011, para 36% em 2012. Por outro lado, aumentou de 8% para 10% a proporção de empresas que pretendem cortar postos de trabalho no ano que vem.
Os empresários também estão menos otimistas em relação ao faturamento em 2012. A proporção de empresas que prevê crescimento das vendas caiu de 72% para 69%, enquanto a de empresas que projetam diminuição do faturamento subiu de 6% para 8%.
A Sondagem de Investimentos é um levantamento estatístico trimestral que sinaliza o rumo dos investimentos produtivos no setor industrial. Para realizar esta edição do levantamento, foram consultadas 880 empresas entre 5 de outubro e 30 de novembro.