Tecnologia e comportamento impulsionam mercado de moradias flexíveis

Startups como a Yogha e Airbnb acumulam faturamento e crescimento acima da média no número de reservas

Nos últimos anos, o mundo tem testemunhado um aumento significativo na demanda por moradias flexíveis. Essa alta vem reforçada por números expressivos de empresas administradoras de ramo como a Airbnb, que no primeiro trimestre de 2023, ampliou em 20% o seu faturamento, sendo o maior da história da empresa para o período. Outro exemplo é a Yogha, empresa de moradias flexíveis que atua em Curitiba e que até junho de 2023, acumulou crescimento de mais de 32% em reservas nos últimos 12 meses.

Para o CEO da Yogha, Avelino Mira, esse aumento tem relação com alguns fatores externos como a alta do turismo – que acumulou em 2022 36,9% de crescimento –, com a questões relacionadas às mudanças comportamentais da sociedade e com a estrutura e a acessibilidade de imóveis no modelo de aluguel para temporada. “As moradias flexíveis são projetadas para atender às necessidades de um consumidor que está em constante mudança sempre, sendo uma solução conveniente e adaptável para pessoas que buscam viver em locais temporários ou que vivem em transição. Ao contrário dos contratos de aluguel tradicionais, as moradias flexíveis oferecem prazos mais curtos, flexibilidade e privacidade, questões que impulsionam uma busca cada vez maior por esse modelo de moradia”, explica.

Mudanças nas preferências dos consumidores
Segundo ele, o fator social também é fundamental para explicar o aquecimento do mercado de aluguéis. “São uma série de fatores autônomos que contribuem para esse aquecimento, incluindo mudanças nas influências dos consumidores, avanços tecnológicos e ascensão da economia compartilhada. “Os estilos de vida modernos estão cada vez mais voltados para a flexibilidade e mobilidade. As pessoas estão buscando opções que lhes permitam mudar de cidade ou país com agilidade, seja para oportunidades de trabalho, estudos ou simplesmente para explorar novos lugares. As moradias flexíveis atendem a essa demanda”.
A ascensão da economia compartilhada também impulsionou o mercado de aluguéis flexíveis, fomentando, num primeiro momento, o aluguel de propriedades para viajantes, gerando uma fonte adicional de renda e fazendo crescer o movimento de startups inovadoras que se especializaram em oferecer moradias flexíveis, criando uma ampla gama de opções para os consumidores.

“É um mercado em franca expansão. Considerando os empreendimentos com contrato de administração Yogha e com entregas das chaves previstas ainda para o ano de 2023, temos a expectativa de expansão em 45% no número de unidades habitacionais administradas este ano. Além disso, temos mais 11 edifícios com contrato já assinados e com entregas previstas até o final de 2025, que contarão com o serviço Yogha Gestão, que gerencia a operação de aluguéis de temporada”.

Avanços tecnológicos como impulsionadores

A tecnologia desempenhou um papel fundamental no crescimento do mercado de aluguéis flexíveis. Plataformas online e aplicativos móveis revolucionaram a forma como as pessoas encontram e alugam moradias temporárias. “A integração da tecnologia é fundamental para o desenvolvimento desse novo modo de morar e viver, uma vez que é por meio dela que as facilidades ocorrem. Hoje em dia, é possível reservar uma acomodação em poucos cliques, ter acesso a fotos e informações discriminadas e até mesmo fazer um tour virtual pelo imóvel antes de tomar a decisão de alugar”, afirma.

“Do outro lado do balcão, os proprietários dos imóveis também encontram inúmeras vantagens para gerenciar os seus bens, contando, por exemplo, com plataformas como a Yogha, que fazem toda a gestão do imóvel, desde o momento da compra, passando para disponibilização nas maiores plataformas, administração das locações, trâmites burocráticos, entre outras questões. Certamente a tecnologia é o grande motor do aquecimento deste mercado”, reforça.

Gestão e rentabilidade do modelo Built-to-Rent
Segundo a pesquisa realizada pela Vrbo, o mercado de aluguel por temporada movimenta mais de U$1,2 bilhão ao ano no Brasil, dados que mostram que o segmento é uma das maiores tendências da atualidade e uma ótima opção para investidores. Nesse panorama, Curitiba é uma das capitais com grande potencial para investimentos nesse segmento e uma das que mais crescem no mercado imobiliário brasileiro, chegando a ter um aumento de 15% nas vendas de novos apartamentos em 2022, segundo dados da recente pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), em parceria com a BRAIN Inteligência Estratégica.

“Curitiba é uma das capitais com maior potencial de desenvolvimento imobiliário, principalmente no mercado de moradias flexíveis e Build-to-Rent (comprar para alugar), pois a cidade é uma das mais modernas do país e uma das melhores em questão de qualidade de vida, além disso a cidade tem muito espaço para crescer e se desenvolver, o que a torna um expoente para quem quer investir em imóveis para locação”, diz.

Dados do último Índice da FipeZAP+ de Venda Residencial, mostram que a variação anual do preço médio de venda de imóveis residenciais em Curitiba teve um aumento de +13,64% em 2022, número um pouco abaixo do índice de 2021, porém que aponta uma valorização dos imóveis nos últimos anos. Avelino explica que no modelo de aluguel por temporada, as diárias variam de R$130 até mais de R$500, o que garante um retorno financeiro muito positivo aos proprietários do imóvel.

Sobre a Yogha
Fundada em 2016, é uma startup de moradias por assinatura que atua em Curitiba, administrando mais de 200 imóveis. No portfólio, a empresa conta com mais de 38 mil clientes e 183 parceiros investidores.

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