Agronegócio no mercado de licitações: 4 dicas para vender para o governo

Portal de Compras Públicas elenca principais oportunidades para empreendedores da agricultura familiar aumentarem o faturamento

O agronegócio é um dos setores mais rentáveis do Brasil, e quando combinado com o mercado de licitações, apresenta um potencial gigantesco de faturamento para os empreendedores da área. Isso porque, a administração pública tem uma demanda constante por alimentos de qualidade que atendam as necessidades de diferentes áreas, como hospitais, escolas, presídios, órgãos governamentais, entre outros.

“O governo não mede esforços para fortalecer a parceria com os produtores e fornecedores do agro. Este tipo de união pode incentivar, por exemplo, a compra de alimentos que valorizam a produção local e a agricultura familiar”, comenta Leonardo Ladeira (foto), CEO e cofundador do Portal de Compras Públicas, govtech que aproxima a iniciativa privada das necessidades de compras dos entes públicos.

Pensando em contribuir com empreendedores, agricultores e empresários do agronegócio que desejam investir no mercado das licitações, a govtech elenca 4 dicas que podem auxiliar nesse processo:

1. Sazonalidade: é fundamental conhecer a sazonalidade dos produtos orgânicos para ajustar a oferta de acordo com a disponibilidade. Não cometa o erro de oferecer morangos quando não se está na época da fruta, pois consequentemente você não cumprirá com o acordo, podendo acarretar prejuízo sérios para a sua empresa, como o descumprimento de acordo, má reputação, ineficiência na execução do contrato, entre outros.

2. Organização financeira: mantenha os custos e preços competitivos, considerando todas as despesas, gastos com certificações, transportes e armazenamento adequado. Não esqueça de fazer uma análise aprofundada desses detalhes.

3. Planejamento: o planejamento é essencial para alcançar bons resultados, por isso identifique oportunidades, separe com precisão os documentos, elabore propostas competitivas e faça uma pesquisa nas concorrentes. Além disso, antecipe-se às demandas e esteja preparado para atender prazos e volumes solicitados.

4. Conservação e validade dos alimentos: um dos pontos mais importantes é se certificar de que os produtos estão devidamente embalados e conservados, garantindo a boa qualidade durante o transporte e entrega. A atenção também deve estar voltada para a data de validade dos produtos, ao fornecimento de produtos frescos e dentro do prazo de validade.

Atualmente, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação determina que 30% dos recursos alocados para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) sejam direcionados para a aquisição de alimentos provenientes de empreendedores rurais. É  através da chamada pública que o governo promove a aquisição direta desses alimentos, incentivando a produção local, a sustentabilidade e a valorização dos agricultores familiares.

“O processo é simples, seguro e transparente: os produtores cadastrados podem participar da chamada pública ofertando seus produtos, e os órgãos municipais, estaduais, nacionais ou consórcios, selecionam as propostas mais vantajosas. Essa modalidade de compra garante alimentos frescos, saudáveis e cultivados de forma sustentável, ao mesmo tempo em que fortalece a economia local”, afirma Leonardo.

Existe também o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que é uma alternativa ágil e eficiente para a compra de alimentos, com procedimentos simplificados. Esse regime permite que a administração pública adquira produtos diretamente de produtores e cooperativas, sem a necessidade de um processo licitatório tradicional. Essa modalidade oferece eficiência e flexibilidade, o que promove maior aproximação dos empresários produtores e o governo.

“O mercado de compras públicas ainda é pouco explorado. Por isso, por meio da nossa plataforma, temos o objetivo de desmistificar e democratizar o acesso às informações do setor, levando oportunidade para empreendedores que estão na ponta”, finaliza Ladeira.

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