Cacau e seringueira são opção de negócio sustentável para produtores

A secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que esteve presente na Agrishow 2022,  apresentou o Projeto Cacau SP. A unidade da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) São José do Rio Preto definiu a área agrícola, o produtor e o tipo de modelo de consórcio agroflorestal. Segundo o engenheiro agrônomo Fernando Miqueletti, da CATI São José do Rio Preto, neste arranjo florestal são plantadas duas linhas duplas de seringueira, de 4 a 8 linhas de banana, alternando a dupla de seringueira.

As plantas de cacau entram no sistema, na sombra da bananeira, com 6 meses a 1 ano. Em uma área de 1 hectare, conta, são introduzidas 340 plantas de seringueira, 781 pés de cacau e 781 bananeiras. Neste sistema, a banana permanece até o terceiro ano, depois sai do sistema agroflorestal ficando o cacau e a seringueira. “O cacau com três anos já inicia a produção, chegando à estabilidade no sétimo ano. A seringueira inicia a produção a partir do sétimo ano. O cacau e a seringueira irão produzir renda para o produtor por cerca de 30 anos”, informa.

No modelo de consórcio, a banana paga boa parte da implantação do sistema agroflorestal. Após a estabilidade dos cultivos existe uma expectativa de produção de 2 a 3 mil quilos de coágulo (borracha) por hectare e no mínimo 1.000 kg de amêndoa secas de cacau. No ciclo das culturas deste consórcio as plantas resgatam cerca de 390 toneladas de CO2, o equivalente a 105 toneladas de carbono retiradas da atmosfera.

Facebook
Twitter
LinkedIn