Educador financeiro dá dicas para desempregados

A pandemia do novo coronavírus instaurou no país crises políticas, sociais e sanitárias. A crise econômica também se fez presente neste cenário e acometeu desempregos e falências, além de um aumento no dólar que, não só bateu recordes históricos, como também promete efeitos ainda mais expressivos.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,2% no primeiro trimestre de 2020. Esse número corresponde a 12,85 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% comparado ao trimestre anterior.

No meio disso tudo, parece impossível haver qualquer tipo de panorama minimamente positivo, mas o educador financeiro e fundador do Grupo The One, Uesley Lima, pensa o contrário. “É preciso ter calma para poder pensar com clareza e racionalidade. Tem jeito para tudo, é só ter a informação e o auxílio correto”, informa.

O especialista ainda compartilhou dicas para quem se viu sem emprego e com dificuldades em meio à pandemia:

Afie o machado

No mundo corporativo há uma história conhecida sobre uma competição de quem cortava mais lenha, em que o vencedor foi aquele que, em suas pausas para descanso, continuava a afiar seu machado. Em outras palavras, enquanto descansava, aprimorava seu instrumento de trabalho, que é o que deve ser feito neste momento.

“Muitos cursos gratuitos on-line estão sendo disponibilizados; é importante continuar trabalhando e aprimorando o currículo para continuar atraente para o mercado”, aponta o educador financeiro. Ele ainda ressalta a importância de continuar a busca por oportunidades. “Não pode ficar dependente do governo, tem que ir atrás de emprego, conversar, tem que melhorar o currículo”, completa Uesley.

Corte os supérfluos

Colocar em pausa alguns luxos é uma forma de garantir que as necessidades básicas sejam supridas. É o momento de analisar as respectivas realidades financeiras e de remanejá-las. “Você não sabe quanto tempo ficará desempregado. Exponha sua situação para a família a fim de não gastar dinheiro com atividades que podem ser cortadas. Adequar o dinheiro para um período de tempo sem ele é o ideal a se fazer no momento do desemprego”, aconselha o especialista.

Trabalhe por conta própria

“A fase do desemprego é um momento de explorar as habilidades individuais, sejam elas quais forem. É hora de fazer um freelance. Todo recurso que entrar no seu bolso é válido para eventuais necessidades que surgirem. Fazer isso, inclusive, contribui para que você não fique à toa, desanimado”, enfatiza Uesley.

A criatividade está sendo muito explorada nesse momento. Pessoas estão fazendo máscaras em casa, oferecendo o serviço de fazer compras em mercados e entregar para vizinhos, dando aulas de assuntos que dominam.  Fazer um compilado de suas habilidades rentáveis e oferecer serviços – que podem ser feitos respeitando as orientações das autoridades de saúde – é uma forma de continuar tendo uma fonte de renda.

Cuide da saúde mental

A Organização das Nações Unidas lançou um alerta referente à crise na saúde mental devido à pandemia. Neste momento é necessário cuidar, também, dos pensamentos e das emoções. Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) apontou um aumento expressivo nos relatos de ansiedade, de depressão e de fobias.

“Sabemos que o momento de desemprego é difícil. Mantenha o otimismo sempre que possível, jamais se acomode ou desanime, corra atrás, pois a oportunidade aparecerá, e quando isso acontecer você deve estar pronto para agarrá-la”, diz o fundador do grupo The One. Lima finaliza ressaltando que é importante buscar ajuda de profissionais da saúde mental em caso de necessidade.

*Uesley Lima atua no mercado financeiro há 16 anos e possui vasta experiência em investimentos no geral. Fundou o Grupo The One com a missão de educar e assessorar clientes a antecipar tendências globais e brasileiras, por setores, e potencializar oportunidades. Através de seu conhecimento e técnicas, desenvolveu metodologia própria em bolsa de valores, onde ministra cursos e  palestras, prestando ao longo dos anos treinamento para mais de cinco mil pessoas em todo o Brasil, além de conteúdo diário para veículos de imprensa e mídias sociais.

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