Estudo revela mais confiança nas empresas e desconfiança em outros segmentos

Como cuidar da imagem? A reputação não se trata do que você diz a seu respeito, mas o que os outros dizem sobre você.

Depois de um ano de desastres e turbulências sem precedentes – a pandemia de Covid-19 e a crise econômica, somadas ao clamor global contra o racismo sistêmico e a instabilidade política – o Barômetro de Confiança Edelman 2021, estudo realizado anualmente pela agência global líder em Relações Públicas Edelman, revela uma epidemia de desinformação e desconfiança generalizada de instituições sociais e líderes em todo o mundo.

O relatório aponta para uma crescente lacuna de confiança em todo o mundo. Os líderes sociais rastreados no estudo – líderes governamentais, CEOs, jornalistas e até líderes religiosos – sofreram queda nas pontuações de confiança para todos. Apesar, disso, o Barômetro da Edelman aponta um vislumbre de esperança nos negócios. “O estudo deste ano mostra que as empresas não são apenas a instituição mais confiável entre as quatro estudadas, mas também a única instituição com um nível de confiança de 61% em todo o mundo, e a única instituição vista como ética e competente”. Ainda de acordo com a Edelman, quando o governo está ausente, as pessoas esperam claramente que as empresas entrem e preencham o vazio. As expectativas elevadas de negócios trazem aos CEOs novas demandas para se concentrarem no engajamento social com o mesmo rigor, consideração e energia usados para gerar lucros.

Diante deste cenário em que as expectativas de liderança das empresas aumentaram, como a reputação dos líderes pode abrir ou fechar portas, conquistando – ou perdendo – a confiança das pessoas e garantindo que informações confiáveis cheguem a seus funcionários e, por extensão, à comunidade? Para a especialista internacional em Personal Branding e fundadora da YOUBRAND.Company, Daniela Viek, nossa imagem e reputação chegam antes de nós nos lugares. “Quem nunca julgou o post alheio que atire a primeira pedra. Você pode não conhecer a pessoa, mas, ao se deparar com uma fotografia ou vídeo online, por exemplo, já está recebendo uma mensagem e a partir de seu sistema de crenças, valores e experiências realiza um pré-julgamento”, afirma.

Reputação

A reputação não se trata do que você diz a seu respeito, mas o que os outros dizem sobre você. “Uma imagem pode ser construída e muitas vezes desalinhada com a identidade, o que acaba se tornando um grande problema com o passar do tempo, desde questões psicológicas, de relacionamento, até mercadológicas. Porém, uma imagem alinhada à identidade e uma reputação sólida abrem portas e criam oportunidades”, observa Daniela. Uma reputação sólida, segundo ela, é construída através da congruência, que reflete na confiança, fator que está no centro de atenção de qualquer marca, seja ela pessoal ou corporativa. A especialista destaca que a reputação é o ativo intangível mais valioso para uma empresa e também para um profissional. Especialmente neste mundo hiperconectado, aonde alguns cliques nos permitem um ‘pente fino” na web sabendo tudo sobre alguém.

Como usar o aumento da expectativa nas lideranças ao seu favor

Como em qualquer projeto, o diagnóstico é sempre o ponto de partida. É necessário entender o que o profissional construiu em termos de reputação, capital relacional até o momento, quão forte é a sua marca pessoal em seu segmento, se ele pode ou não ser considerado uma referência, seu grau de influência, entre outros fatores. “Por meio do processo estratégico de Personal Branding mapeamos todo ponto de contato da marca pessoal, corrigimos rotas, alinhamos gaps, ou seja, quanto maior o desalinhamento entre identidade, imagem e reputação, mais ruído pode haver para uma marca pessoal, o que pode interferir no fator autenticidade, confiança e impactar nos negócios”, explica a especialista.

Para quem quer construir uma reputação que gere confiança, as dicas são: por meio de uma gestão efetiva, a considerar clareza, coerência e constância, firmar seu posicionamento no mercado, estar atento às promessas que faz e suas entregas, para que seu discurso não seja maior que as práticas, trabalhar os diferenciais competitivos e constantemente estudar o mercado (concorrentes, clientes…) e suas variáveis. Porém, é importante lembrar que estas questões não podem ser desenvolvidas no “feeling”. Dentro de um processo de Personal Branding há ferramentas que apoiam em todas as etapas, desde a descoberta da marca pessoal, até a gestão e os indicadores.

Algumas dicas práticas

– Primeiro, procure saber com clareza como está sua imagem e reputação mediante seus públicos, seu mercado, sua rede de relacionamento. Não dá para se movimentar “tateando” no escuro, ou pedindo apenas feedback para dois ou três amigos sobre o que eles pensam de você.

– Existem softwares no mercado que apoiam a construção do Diagnóstico da Marca Pessoal. Um exemplo é o BrandYOU360 (www.brandyou360.com), que ajuda o cliente e o consultor no início do processo a ter um retrato com a maior exatidão possível sobre uma marca pessoal.

– Cuidado com sua marca pessoal online. Por meio de diversas ferramentas, podemos fazer um diagnóstico da presença digital e avaliar fatores como: encontrabilidade, reputação online, engajamento e presença. O negócio é ser relevante, observar fotos, vídeos, páginas e perfis que segue, comentários e o que compartilha. É preciso ter intencionalidade no ambiente digital. Não coloque nada por lá que não colocaria em um outdoor.

Sobre Daniela Viek – Daniela é especialista Internacional em Personal Branding e sócia-fundadora da Youbrand.Company. Lançou em 2015 o MétodoYOU – Metodologia para Gestão de Marcas Pessoais que já possui franqueados no Brasil, Europa e África. Criou o PBEX Experience, que em sua primeira versão foi a “Semana Internacional do Personal Branding” integrando por 5 dias consecutivos de evento, mais de 50 especialistas de 12 países em 3 idiomas. Desenvolveu o software BRANDYOU360 – Diagnóstico da Marca Pessoal 360º. Lançou a Escola Executiva PB.Academy com Certificação Internacional em Personal Branding com a maior carga horária do mercado.

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