Sobre líderes e vendedores

Napoleão Bonaparte afirmava que um líder é um vendedor de esperança. Não é exagero dizer, porém, que um vendedor também é um líder. Ao direcionar seus esforços para uma finalidade específica, ele tem nas mãos a possibilidade de trazer sucesso para ambos os lados de uma negociação. Concluir uma transação com êxito é, de fato, a grande meta de um profissional da área de vendas. Da mesma forma, empreendedores precisam ter características semelhantes.

Embora eu tenha focado minha trajetória no empreendedorismo, liderando projetos com apelo inovador em seus mercados, acredito que trago bastante deste perfil de vendas, até mesmo pelo que acompanhei da atuação do meu pai, David Portes. Ele, que chegou a morar na rua com minha mãe grávida e se transformou em um dos palestrantes mais requisitados do Brasil, passou, então, a ser reconhecido pela sua capacidade de vender. Da minha infância humilde, na Baixada Fluminense, observei e aprendi muito com ele. Hoje, Davidé um dos palestrantes mais requisitados do país.

Aprendi com ele certas artimanhas. Até hoje, no meu dia a dia, eles ainda me são muito úteis.

O primeiro deles é a coragem. Enfrentar os próprios receios e traumas não deixa de ser uma libertadora forma de aprender e vender. Diz o meu pai que a vida, por si só, é uma grande ousadia. Buscar novas formas de impactar o cliente, ser mais conciso (e saber dosar isso para não ser inconveniente) e não ter medo de confiar no próprio instinto são características dos melhores vendedores.

Destaco, também, a atitude. Não confunda essa dica com a anterior, aliás. Atitude é algo mais amplo que a coragem, já que existem diversas formas de se reagir a um fato. Em vendas, ser autoconfiante, observador, valorizar o produto a ser adquirido e mostrar paixão pelo ramo são muito desejáveis, sob qualquer circunstância.

A busca por algo diferente esbarra, quase sempre, em erros. Ninguém gosta de errar, mas ruim mesmo é não aprender com algo que não deu certo. Ao se deparar com um “não”, reflita sobre a habilidade utilizada e o que o cliente sinalizou de negativo. O destemor, portanto, é algo que deve ser valorizado por um gestor. Todos os que são de fato diferentes e eficientes também já erraram muito na vida e fizeram do fracasso algo efêmero.

Como em toda e qualquer situação da vida, adotar uma estratégia de vendas eficiente não é uma tarefa fácil. Para chegar a um resultado satisfatório, é necessário levar em conta seu perfil, a interação do cliente, o produto a ser vendido, o segmento de atuação da empresa… existem diversas variáveis. Ao verificar e refletir sobre tudo isso, porém, certamente o índice de vendas será incrementado.

Aprender algo novo e melhorar aquilo que já se sabe envolve muito estudo. Não apenas de artigos e tutoriais, mas, também, de observação de outros vendedores. A troca de experiências com profissionais do mesmo ramo também é muito válida para entender o que pode ser potencializado. Por fim, existem cursos com táticas para conseguir resultados melhores na área de vendas. O conhecimento também é fundamental em qualquer profissional que queira ser líder.

Vendedores não faltam em shoppings centers, por exemplo, e todos têm suas qualidades, certamente. Mas nem todos conseguem, de fato, se destacar. Talvez estes cinco pontos possam trazer mais sucesso.

*Thiago Monsores é CEO da Umclub, aplicativo que é uma solução completa para shoppings centers: em módulos, é possível ter acesso a serviços de crédito, programas de fidelização, meios de pagamentos, marketplace, big data, entre outros. Foi eleito, em 2015, pela revista Forbes, um dos 30 brasileiros mais influentes do Brasil com menos de 30 anos. Também é conselheiro do Clube Empreendedor.

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