O aumento nas tarifas de energia, a queda da confiança no futuro da economia e a lenta recuperação dos grandes mercados consumidores mundiais são alguns dos principais desafios para a indústria catarinense em 2015. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, que realizou palestra nesta quinta-feira (5) na sede da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC).
Durante sua apresentação, Côrte destacou que estes fatores se somam a um cenário em que o setor produtivo já tem sua competitividade fortemente prejudicada pela baixa taxa de investimentos, pela legislação trabalhista defasada e pela alta de 41% nos custos industriais entre 2006 e 2103. Isso é ruim, porque em que vez de focar em questões como os seus processos produtivos, os empresários precisam se preocupar com questões que fogem a seu controle, como câmbio, tributos e energia, explicou.
Para sair da crise mais rápido, Côrte defendeu que as empresas invistam na diferenciação de seus produtos, em marketing e na educação de seus trabalhadores, já que as crises também representam oportunidades.
Apesar do cenário desafiador, a indústria de Santa Catarina tem registrado desempenho acima da média brasileira, com destaque para a geração de postos de trabalho . “Em 2014 o setor industrial catarinense liderou a criação de empregos no País em números absolutos”, lembrou, acrescentando que em janeiro de 2015 a indústria catarinense criou 6 mil novas vagas, o segundo melhor desempenho no Pais, que ao todo gerou 22 mil posições.
O presidente ainda ressaltou que a Federação direciona suas ações para mitigar os efeitos deste cenário para a indústria do Estado. Os esforços na área educacional são um exemplo. Na próxima segunda-feira a entidade lança a nova fase do Movimento A Indústria pela Educação, por meio da qual estimula as empresas a investirem na área. Em 2015 a estratégia será convidar o jovem a se tornar protagonista desse processo. Entre outras iniciativas das entidades da FIESC também citou a construção de rotas de crescimento para 16 setores da indústria catarinense, a implementação de 10 institutos de tecnologia e inovação em diversas cidades de Santa Catarina, além do instituto de inovação focado na saúde e segurança do trabalhador.