Techs em crise: melhor investimento é a rentabilidade dos negócios

logística maplink

Com o mercado de captação instável, empresas estão em alerta. Para a Maplink, pioneira em soluções logísticas, apostar no crescimento gradativo – sem deixar de lado a inovação – foi a saída para se manter segura neste cenário

Após um momento de euforia e crescimento acelerado, intensificado pela pandemia, empresas de tecnologia passam por um período desafiador e reflexivo no que tange à condução de suas operações. Se em 2021 a indústria do venture capital (capital de risco) movimentou US$ 643 bilhões (sendo R$ 46,5 bilhões somente entre startups brasileiras), neste ano, a situação mudou drasticamente: a inflação e seus impactos nos consumidores, a queda na demanda pelos serviços de tecnologia com o fim do isolamento social, bem como a alta de juros instaurada mundialmente, afastaram investidores e obrigaram as techs a reverem a direção para qual os seus negócios caminhavam. Neste sentido, o “corte de excessos” parece ter virado o novo mantra no setor.

No Brasil, nos últimos meses, empresas como QuintoAndar, Loft, Facily, Olist protagonizaram uma onda de demissões em massa no seus quadros de profissionais. Segundo levantamento do site Layoffs Brasil, que acompanha a movimentação de baixas no país, já são mais de 3 mil funcionários desligados entre empresas dos mais variados nichos e as justificativas recaem no cenário econômico desafiador e estão relacionadas com uma revisão das operações, de maneira a retomar o foco dos esforços ao chamado core business das empresas.

Na corrida pelo crescimento a qualquer custo, a queima de caixa desenfreada foi colocada em cheque pelas instabilidades inerentes às mudanças econômicas. Para Frederico Hohagen, CEO da Maplink – empresa especializada em soluções de tecnologia em logística – a onda de demissões, contudo, não está necessariamente ligada à falta de dinheiro por parte dessas companhias, mas, sim, a uma contenção de danos:

“A maioria dessas empresas permanecem capitalizadas e nenhuma delas passou a ser um negócio sem fundamento por conta desse movimento de demissões. Ao meu ver, não existia uma ‘bolha’, o grande fator que culminou nos lay offs massivos foi uma desconexão entre as expectativas e as reais chances de crescimento de empresas que dependem de investimentos externos para continuarem suas operações. A questão é que, quando existe a abundância de capital, pode ocorrer esse desvio do que é o real fundamento dos negócios e que recai num momento de crise como o atual.”, afirma.

Fundada em 2000, a Maplink é hoje a maior parceira de revenda do Google Maps na América Latina, além de desenvolver APIs próprias, como a Frete Mínimo (que automatiza o cálculo do piso da tarifa de acordo com a resolução da ANTT), que são voltadas para a otimização da logística de outras empresas. No auge da pandemia, com o mercado de captações em erupção, a companhia passava por um momento de transição importante em seu percurso, colocando “a casa em ordem”, após a saída do grupo Movile.

Já nessa época, mesmo diante do contexto oportuno para investimentos, o foco da Maplink permaneceu aliado à mentalidade pautada por um crescimento rentável e, acima de tudo, orgânico – sem a necessidade de impulsos externos: “Tomamos uma decisão de moldar a empresa de uma maneira mais cautelosa, com um crescimento dentro do que acreditávamos ser saudável para a companhia, mas sem prejudicar a questão de caixa.”, explica Hohagen.

O empreendedor possui vasta experiência no mercado e é frequentemente procurado para mentorias com novos negócios que almejam decolar economicamente e, portanto, não invalida a importância das captações para o crescimento das empresas, mas ressalta que as operações devem manter o “pé no chão”.

“Entendo que, nos estágios iniciais, muitas startups precisam entrar no ‘jogo da captação’ para buscarem um investimento prévio antes de darem algum retorno. Como eu venho de um negócio no qual sempre foi importante a geração de caixa para a sua sobrevivência, eu busco passar com frequência esse ângulo para os novos empreendedores que me procuram. A minha orientação é sempre pensar em como o negócio funcionaria sem a captação e, caso consiga, é necessário analisar se ela está alinhada com as perspectivas futuras de crescimento da empresa.”, ressalta Hohagen.

Diante de um futuro ainda a ser definido para o setor de tecnologia, a única certeza é a de que o momento atual é responsável por instaurar uma reflexão profunda para os dirigentes de muitas empresas sobre seus modelos e dinâmicas de funcionamento atuais. No movimento cíclico da economia, a atual crise das techs exige uma retomada daquilo que é essencial para a manutenção das operações.

Prestes a completar 22 anos de história, a Maplink pretende continuar apostando numa lógica de crescimento que tenha na rentabilidade e na geração de caixa os pilares centrais de sua sustentação. Estes, contudo, não excluem do mapa a busca constante da empresa pela inovação, mirando no objetivo de ajudar seus clientes a terem mais eficiência em suas operações.

“Investimentos fora do nosso core business possuem sempre um intuito por trás, ou seja, são gastos pensando em como evoluir o nosso produto, atacar novos mercados e atender novas demandas que aparecem, visando oferecer otimização para nossos clientes. A mentalidade é construir um negócio que seja perene, mas não estagnado. Acredito que o sucesso está atrelado a uma evolução que é e deve se manter contínua.” finaliza.

Sobre a Maplink – A Maplink é uma empresa referência em tecnologia de geolocalização que oferece APIs avançadas e prontas para serem integradas ao sistema de qualquer empresa. Sediada em São Paulo (SP), e com escritórios espalhados pela Argentina, Chile e México, a empresa é a maior Partner Premier de Google Maps da América Latina e pioneira no Brasil em dados de mapas e geolocalização. Há mais de 20 anos, a Maplink investe em inovação e tem como missão oferecer tecnologia para todos os setores da economia com foco em facilitar e automatizar o dia a dia das empresas.

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