Com pouco mais de um ano de operação, startup de Uberlândia conquista mercado como provedor completo de soluções financeiras para empresas de diferentes segmentos que desejam ampliar e diversificar suas receitas; Own está com 60 vagas abertas para desenvolvedores de todo o Brasil
Acompanhando o movimento de “fintechzação” do mercado e a tendência global de serviços financeiros integrados em empresas não-financeiras (também conhecida como “finanças embarcadas”, tradução do termo em inglês Embedded Finance), a Own Financial Services, empresa com sede em Uberlândia, Minas Gerais, completou no início de 2023 um ano de operação com muitos motivos para comemorar.
Nesse período a Own ajudou mais de vinte clientes de diferentes ramos de atuação — entre eles a Pefisa, braço financeiro da Pernambucanas, a ValeCard, empresa de meios de pagamento, gestão de frotas e benefícios, e a Clinicorp, que oferece sistemas de gestão de clínicas odontológicas e de estética — a ampliarem suas receitas financeiras por meio de soluções de banco digital, adquirência, benefícios corporativos, crédito, onboarding digital de clientes e emissões de cartões Mastercard® e Private Label.
Fundada no final de 2021 por Alisson Idaló, empreendedor com passagens por Social Bank, Hub Fintech e Vlast, a Own captou R$ 30 milhões, em março de 2022, em um investimento liderado pelo fundo de venture capital Tutto Invest. Com o aporte, a Own lançou sua plataforma de serviços White Label, que permite às empresas associarem suas próprias marcas aos serviços financeiros, e fortaleceu as equipes comercial e de inovação. Entre as contratações realizadas estão a de Wendel Paz (ex-Banco BS2, CSU e iugu), que chegou para comandar a área de operações e vendas, Taiane Fraga Lima (ex-Social Bank e ValeCard), agora diretora de estratégia, produtos e inovação da Own. Marcos Renó, com passagens anteriores pela multinacional FIS e pela HubFintech — recém–adquirida pelo Magalu —, assumiu o time de TI como Diretor de Processamento e Autorização. E Leandro Assad, com 15 anos de experiência na área de meios de pagamento, chegou como Head de Meio de Captura.
Como último grande marco do seu primeiro ano de operação, a Own foi autorizada pelo Banco Central, em dezembro de 2022, a atuar como Instituição de Pagamento. Com isso, passa a oferecer também serviços nas modalidades de emissora de moeda eletrônica, emissora de instrumento de pagamento pós-pago e credenciadora, tornando-se a mais completa entre as techfins do Brasil, como são conhecidas as empresas que fornecem tecnologia para o mercado de fintechs.
“Mesmo com o ‘boom’ de fintechs que vivenciamos nos últimos anos, ainda há muitas oportunidades para que empresas agreguem ao seu portfólio soluções financeiras que atendam às principais dores do seu público. Nós já éramos os únicos a oferecer um portfólio completo de produtos e soluções financeiras, com módulos de Banco, Adquirência, Benefícios Corporativos vinculados ao Programa do Trabalhador e infraestrutura tecnológica completa com licenças full adquirente e de emissão. Agora, com a aprovação como Instituição de Pagamento, nos tornamos a techfin mais completa do Brasil. Isso é de grande importância não só para a Own, mas para o mercado como um todo, afinal estamos ainda mais preparados para oferecer o suporte completo que o cliente precisa para inserir a tecnologia financeira em seu ecossistema,” disse o CEO da Own Financial Services, Alisson Idaló.
Alisson Idaló, CEO da Own Financial Services
Planos de expansão
Para 2023, a Own Financial Services tem grandes ambições. Com a chegada de mais de cem novos clientes previstos para este ano, a expectativa é avançar para a marca de R$ 3,5 bilhões em volume total transacionado até dezembro — o que representará mais de 50% de crescimento em relação a 2022, quando movimentou uma média de R$ 178 milhões por mês.
Para suportar essa expansão, a empresa está com 60 vagas abertas para desenvolvedores de todo o país, com a possibilidade de trabalho remoto. Os candidatos selecionados terão a oportunidade de trabalhar em projetos de grande impacto para a empresa e para o mercado financeiro, contribuindo para a inovação e evolução do setor.
O próximo passo do plano de negócios da Own é a obtenção de autorização da SCD (Sociedade de Crédito Direto) para evoluir nas próprias ofertas de crédito, além de seguir construindo fintechs e fornecendo um ecossistema de alto valor agregado para os mercados de varejo, bancos tradicionais, indústrias, saúde e educação, entre outros mercados.
Mercado de R$ 23 bilhões por ano
Com os avanços tecnológicos dos últimos anos, produtos e serviços que antes eram oferecidos de forma exclusiva e apartada por instituições financeiras começaram a ser ofertados por empresas de varejo físico/virtual e pela indústria de consumo de forma cada vez mais “embarcada” nas jornadas de seus clientes. Esse mercado é conhecido como embedded finance, termo em inglês que pode ser traduzido como “finanças embarcadas” ou “finanças incorporadas”.
No Brasil, com o advento do Open Finance e outras regulamentações criadas ou atualizadas nos últimos anos, abriu-se uma janela de oportunidade para que empresas não-financeiras ampliem suas receitas e os serviços oferecidos para seus clientes. Esse mercado ainda é incipiente no país, mas com tendência de rápido crescimento. Segundo a consultoria Delloite, varejo, bens de consumo e outros serviços, que movimentam mais de 35% do PIB, poderão ampliar a oferta de serviços financeiros e capturar juntos receitas de R$ 23 bi/ano em até cinco anos.
