Marcos Arante (à direita), cofundador e CEO da logtech Equilibrium, tinha carreira consolidada no mercado de tecnologia, mas optou pelo empreendedorismo para ajudar o mercado.
O que para muitos poderia ser o ponto alto da carreira, para Marcos Arante foi um momento de inflexão. Ele liderava equipes e projetos, estava em um bom emprego CLT e desfrutava da estabilidade que essa condição oferece. Mas faltava alguma coisa em sua trajetória profissional. “Não queria mais atuar como executivo. Queria empreender para ajudar o mercado”, comenta o Marcos que, ao lado do amigo Fábio Nunes, fundou a logtech Equilibrium, plataforma voltada à gestão logística.
A ousadia foi recompensada: sua solução ajuda a resolver um dos setores mais complexos da economia nacional – a ponto de crescer 500% em 2020 e projetar um aumento de sete vezes nas receitas até 2023.
A proposta de trabalho era relativamente simples. Depois de quase duas décadas atuando no mercado de tecnologia, Marcos achava que tinha as competências necessárias para começar seu próprio negócio. Ao lado do amigo e sócio, fez pesquisas e percebeu que a logística, área na qual carrega grande experiência, ainda era um grande problema do varejo nacional. “Se era para empreender, miramos começar do jeito certo. Conversamos, analisamos e percebemos essa necessidade no mercado. Foi tudo pensado e planejado. Nós já tínhamos percorrido esse caminho antes”, complementa.
A primeira vez em que pensou na possibilidade de montar sua empresa foi na ArcelorMittal. Marcos trabalhou por 12 anos na corporação e, nos últimos seis, foi o responsável por liderar o time de logística. Nesse meio-tempo, chegou a montar um negócio de alimentos orgânicos com uma sócia. Mesmo sem muito conhecimento sobre negócio, ficou à frente por quase três anos e conquistou seu primeiro exit.
Entretanto, não era sua hora de alçar voo como empreendedor. Atuou como diretor e gerente sênior de logística na OTM Soluções Logísticas e no Prati-Donaduzzi Medicamentos Genéricos, respectivamente. Depois, foram mais de dois anos na Softplan, auxiliando no desenvolvimento de startups. De profissional de tecnologia a consultor, ele finalmente se sentiu apto para um novo desafio: a Equilibrium.
A startup é uma plataforma de orquestração logística que conecta embarcadores com operadores de múltiplas modalidades de transporte e armazenagem. Por meio de uma curadoria com inteligência artificial, direciona com eficiência a melhor recomendação de transporte, reduzindo custos e otimizando o fluxo de mercadorias, proporcionando a melhor experiência para o cliente final.
Em agosto deste ano, a empresa seu segundo round de investimento, com recursos do hub de venture capital Invisto (R$ 1 milhão) e outros R$ 500 mil da HiPartners Capital & Work, especializado em inovação para o mercado de varejo (new retail). Os recursos serão utilizados para captação de clientes, desenvolvimento de novas tecnologias para marketplaces e entregas finais (última milha), além de investimentos em marketing. Em 2020, a Equilibrium tinha recebido o primeiro aporte – também de R$ 1 milhão, da Invisto.
“Os negócios na área de tecnologia podem ser transformadores. São soluções que mudam cadeias completas de fornecimento no país. Com isso em mente, queremos possibilitar aos varejistas uma logística mais eficiente, rápida e prática, trazendo mais segurança e comodidade ao ecossistema”, conclui o empreendedor.
