Wayra Brasil realiza 1º aporte de 2024 na edtech Ada. Startup utilizará recurso para investimento em tecnologia e na ampliação de equipe
A Wayra Brasil, CVC (Corporate Venture Capital) early stage e hub de inovação da Vivo, anuncia investimento na edtech Ada, startup com foco na educação para empregabilidade. Este é o primeiro aporte da Wayra em 2024. A rodada pré Serie A conta, além da Wayra, com a participação da QMS Capital. O recurso será utilizado em tecnologia e na ampliação dos times de produto e distribuição. Com o investimento, a startup espera crescer 50% até o final de 2024, em linha com o avanço de 50% ao ano dos últimos quatro anos, bem como manter a consolidação de diversos setores no segmento B2B. A startup atua com os oito maiores bancos no Brasil e com relevantes empresas no setor de tecnologia.
Para a Wayra, o investimento na Ada é estratégico, pois aproxima a Vivo do segmento de Edutechs, uma das áreas-chave para o desenvolvimento de novos negócios pela companhia, junto com Entretenimento, Casa Inteligente, Consumer Electronics, Saúde e Bem-estar, Energia e Fintech. Nesse mercado, a Vivo atua por meio de uma joint-venture com a Ânima Educação, que levou à criação da Vivae, plataforma que oferece cursos livres de curta duração com foco em empregabilidade.
“A tese de investimentos da Wayra tem como pilar a busca por negócios que tenham fit com a Vivo, de modo a acelerar a estratégia da companhia, seja com a criação de novos serviços ou otimizando processos internos. O aporte na Ada segue esse racional, pois aproxima a Vivo de uma startup complementar e que pode gerar excelentes sinergias para a atuação da companhia no mercado de Edutech”, afirma Ivan Yoon, Head of Investment & Portfolio da Wayra e do Vivo Ventures.
A Ada foi fundada para resolver a dor de empregabilidade no setor de tecnologia. Estima-se que 6 em cada 10 trabalhadores precisarão de algum tipo de treinamento até 2027. Diferentemente de players tradicionais no setor de educação, a plataforma nasceu conectada diretamente com grandes empresas e utiliza uma abordagem orientada a dados para garantir alta eficiência em recrutamento e treinamento. “Nossa solução é gratuita para os alunos e efetiva para as empresas. Em 2023, a Ada manteve seu ritmo de crescimento mesmo com o cenário de layoffs em tecnologia e mudanças de paradigma com inteligência artificial”, explica Felipe Paiva (foto em destaque), CEO e fundador da Ada.
A empresa lançou sua plataforma de skill mapping e já conta com grandes clientes ativos. A proposta de valor deste novo produto é complementar às formações que a oferece desde 2019. Trata-se de uma ferramenta de análise de habilidades em tecnologia, seja para avaliar senioridade de colaboradores e potenciais talentos, seja para validar tecnologias específicas em equipes. A topologia de habilidades ajuda as empresas a definirem um plano de desenvolvimento e crescimento mais assertivo para seus colaboradores. Além disso, a plataforma conta com cursos gravados para o desenvolvimento desses usuários. “Com os recentes avanços dos modelos de inteligência artificial, queremos acelerar a produção de conteúdo numa velocidade jamais vista antes, sem perder a qualidade e a curadoria humana que nos trouxe até aqui”, garante o CEO da Ada.
Neste ano, a edtech também produziu seu primeiro produto de Jovem Aprendiz Tech que marcará a entrada da empresa no setor em 2024. “Desenhamos uma parceria estratégica com o CIEE e lançamos oficialmente no dia 06 de Março”, reforça Paiva. Segundo ele, a proposta é alcançar dezenas de milhares de jovens aprendizes em poucos anos e com isso verticalizar a atuação ao longo da jornada de desenvolvimento no mercado de trabalho.
Lifelong learning é tema recorrente em educação e a Ada conta com produtos desde o 1º emprego até a recolocação no mercado de trabalho com formações de reskilling. 2024 marca um novo ano de escala para a startup. O produto de skill mapping abre o caminho para atuação com pequenas e médias empresas e as formações para empregabilidade crescem a taxas relevantes num modelo asset light.
“O mercado tem uma dor latente que afeta o processo de transformação digital, que é a falta de pessoal em tecnologia. A matéria-prima de tecnologia é educação e a Ada quer apoiar esse desenvolvimento, ajudando a reduzir o turnover das equipes e oferecendo formação, avaliações técnicas e comportamentais customizáveis para as necessidades de cada empresa”, afirma Paiva.
Em 2023, as startups do portfólio da Wayra e do Vivo Ventures geraram R$ 100 milhões em negócios com a Vivo, um crescimento de aproximadamente 35% em relação ao ano anterior. O Vivo Ventures é o CVC da marca com foco em startups séries A ou B com soluções nas áreas-foco do posicionamento estratégico da empresa.