As vendas do comércio lojista do Rio de Janeiro aumentaram 2,4% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, fechando com a menor expansão no varejo carioca dos últimos oito anos. Os dados são da pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDL-Rio.
Com o resultado de junho, quando foram ouvidos 500 estabelecimentos comerciais da cidade, as vendas do comércio fecharam o primeiro semestre do ano com uma expansão acumulada de 5,6%, na comparação com o período de janeiro a junho do ano passado.
Na avaliação do presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, o resultado abaixo da expectativa foi decorrente dos eventos da Copa do Mundo 2014, da Federação Internacional de Futebol (Fifa), ocorrida nos meses de junho e julho no país. “O mês de junho, que sempre foi aquecido pelas vendas do Dia dos Namorados, uma das datas fortes do comércio, este ano teve queda no crescimento, coincidindo com o jogo entre Brasil e Croácia, que abriu o Mundial. Além disso, o inverno fraco não ajudou nas vendas do comércio, também colaborando para 2,4% de crescimento, o menor dos últimos oito anos”, justificou.
Segundo a pesquisa, o Ramo Duro (bens duráveis), com crescimento de 2,8%, teve um desempenho melhor do que o Ramo Mole (bens não duráveis) cuja expansão de 0,7%. No primeiro caso, os melhores desempenhos ficaram com os setores de confecção (+ 2,2%), calçados (+1,1%) e tecidos (+0.8%); e no segundo com os setores de eletrodomésticos (+2,9%), móveis (+2,6%), jóias (+ 1,4%) e óticas (+ 0,9%). As compras a prazo foi a modalidade preferida por 3,7% dos consumidores, enquanto a compra a vista registrou mais 1,5%.
A CDL-Rio registrou aumento de 1,3% no nível de inadimplência do comércio lojista da cidade no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Nesses últimos seis meses, as dívidas quitadas e as consultas aumentaram, respectivamente, 4,7% e 0,9%, em relação ao mesmo período de 2013. Em comparação a maio, no entanto, junho acusou queda no nível de inadimplência e nas consultas de, respectivamente, 2,3% e 4,1%, enquanto as dívidas quitadas aumentaram 10,2%.
Informações Agência Brasil