Pequenos negócios são 90% do varejo online

A coordenadora da carteira de e-commerce do Sebrae, Karen Sitta, apresentou a 3ª Pesquisa Nacional de Varejo On Line. Segundo o estudo, realizado em parceria com o E-commerce Brasil, 90% das empresas que atuam somente no e-commerce – sem lojas físicas – são pequenos negócios, sendo que 45% são MEI, e a tributação é, hoje, a principal preocupação dos empresários do setor, superando a logística.

Um dos pontos da pesquisa destacados pela coordenadora foi a necessidade de as empresas investirem na fidelização dos clientes. “O estudo apontou que 43% das empresas não possuem estratégia de fidelização, o que é um número preocupante. Afinal, é muito mais barato você investir para manter o seu cliente do que buscar um novo”, observou Karen Sitta.

Ao todo, 27% das empresas que fecharam suas portas alegaram como motivo principal a falta de planejamento e conhecimento do negócio, perdendo somente para o baixo faturamento. “Antes de abrir um e-commerce, é essencial que o empresário procure se planejar, estudando o modelo de negócio em que pretende atuar.”

Já a principal tendência atualmente é o mobile. “Todo mundo está sempre com o telefone na mão. As lojas virtuais estão cada vez mais se ajustando a essa mobilidade e as compras estão crescendo via esses aparelhos, incluindo os smartphones e os tablets, impulsionadas especialmente pela geração Y.” Os marketplaces, usados por grandes varejistas para vender produtos de outras empresas, também estão mudando o cenário do e-commerce no mundo, “porque coloca o consumidor no centro da sua experiência de compra, oferecendo o acesso a uma diversidade de produtos com estoque ampliado em um mesmo lugar”. A plataforma já é um canal de vendas para 24% das empresas.

Os dados mostraram, ainda, que a maioria dos negócios do setor foi aberta nos últimos três anos. Do total de e-commerce no país, 58% deles começaram suas atividades na rede a partir de 2013. Os principais produtos vendidos estão relacionados à moda, casa e decoração, informática e beleza. As empresas atuam principalmente no comércio (73%), seguidas por serviços (18%) e indústria (8%). Apenas 1% é do setor de agronegócio.

 

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