Consumidor conviverá com preços mais elevados no pós-Carnaval, diz FGV

Mesmo após o período do Carnaval, a demanda continuará aquecida no Brasil e o consumidor vai conviver com preços um pouco acima dos praticados nos últimos anos. A opinião é do economista da FGV (Fundação Getulio Vargas), André Braz.

Uma das principais pressões deve vir dos serviços, que respondem aos aumentos do salário mínimo. De acordo com Braz, na medida em que o consumidor tem acesso a aumentos reais nos salários, isso passa para a estrutura de custos e tem um efeito nos preços.

“Isso só piora um pouco na medida em que a demanda também anda aquecida. A economia está aquecida, as pessoas procuram por esses serviços e pagam então preços mais altos”, disse ele, segundo a Agência Brasil.

Medidas contra a inflação
Com a inflação em alta, o governo lançou medidas macroprudenciais para conter a demanda, assim como o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juro.

Para Braz, essas medidas só devem ter efeito a médio prazo. “Só daqui a seis ou nove meses a gente vai ter uma impressão melhor”, afirmou.

Ele completou: “A resposta disso [das medidas] tem sido a redução da taxa de desemprego e o aumento da massa salarial. Ainda que o crédito esteja ficando mais caro e exista a intenção do governo de reduzir gastos, isso não vai surtir efeito agora”.
 

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