Mesmo com crescimento menor, 2011 será promissor para o varejo

O comércio ainda comemora os excelentes resultados de 2010 que tiveram no final do ano um índice claro do crescimento notável, quando as vendas do varejo aumentaram em mais de 10 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

Este resultado que não ocorria desde a implantação do Plano Real, revela também a força de uma economia estabilizada, com geração de emprego, ascensão de classes sociais, maior poder de compra principalmente das classes C e D, e o otimismo da população.

Podemos contabilizar como excelente o ano para o comércio em 2010. O desafio, agora é manter este ritmo, pois no ano passado estávamos tendo de um período de incertezas ocorrido em 2009 pelos reflexos da crise econômica internacional. Então, de repente, saímos de um tempo de prudência, por parte do consumidor, para uma fase de ida às compras.

Para 2011, trabalhamos com uma previsão de crescimento das vendas no comércio na ordem de 5%, que pode parecer um índice modesto, em relação a 2010, mas é um ótimo indicador se comparado com a situação que nos encontrávamos há dois anos. Enfim, a perspectiva é de crescimento moderado, mas que também poderá ser comemorado por lojistas, fornecedores e consumidores

A tendência de crescimento no varejo brasileiro será sustentada pelo tripé Renda, Emprego e Crédito. Os reajustes salariais acima da inflação, como é o caso do salário mínimo, mantém e até aumentam o poder aquisitivo da população.

A geração de emprego e oportunidades de trabalho, permanecendo altas, que permitem segurança para o planejamento e orçamento familiar. E a oferta para o crédito lojista permanecerá alta, pois é disponibilizada essencialmente pelo próprio lojista, que tem mais condições de conhecer mais de perto o seu cliente.

As restrições ao crédito anunciadas em dezembro de 2010 pelo governo, referem-se basicamente ao crédito para produtos de maior valor agregado, que necessitam de prazos de financiamento mais longo, como é o caso dos automóveis.

Estas limitações não afetarão o comércio lojista como um todo, que pratica em sua grande maioria, 6 prestações, com máximo de prazo em torno de 12 meses. Este cenário nos permite concluir que o ano de 2011 será muito promissor para o comércio brasileiro, com saldo positivo.

Roque Pellizzaro JR é presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. (CNDL).

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