RJ: mais de 70% das indústrias estimam expansão da demanda em 2011

A indústria fluminense está otimista para o próximo ano. Um estudo realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) revela que 70,7% das empresas estimam aumento da produção em 2011.

Para 61,3% dos empresários, os investimentos também aumentar no próximo ano. De acordo com os dados, os principais vetores de crescimento econômico do estado serão a Copa do Mundo de 2014, apontada por 56,9%, e a Olimpíada de 2016 (39,7%).

Estes acontecimentos estão à frente da exploração dos poços de petróleo do pré-sal e da instalação do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

Aumentos dos custos
O estudo questiona também o impacto de medidas tributárias. No caso da volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), 39,1% das empresas repassariam para os preços finais, o que aponta como consequências inflação e impacto negativo no mercado de trabalho.

No caso do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, recentemente renovado, a pesquisa sondou os empresários sobre o que fariam com o recurso adicional, caso ele fosse extinto. Mais de 45% deles investiriam em máquinas e equipamentos, 25,6% capacitariam mão de obra e 20,2% contratariam mais.

Sobre as contratações, 52,9% dos empresários estimam aumentar o quadro de funcionários no próximo ano. Na análise das áreas, as empresas indicaram que a linha de montagem deve ser o destaque na abertura de vagas no próximo ano, com 52,5% das respostas.

Último trimestre de 2010
Os dados revelam ainda que, no último trimestre deste ano, uma em cada quatro empresas no Rio de Janeiro opera em ritmo de produção acima do esperado.

Apesar de a maioria (62,6%) não ter sido surpreendida pela demanda atual, 27,6% apontaram alguma dificuldade no atendimento. Entre as empresas que tiveram problemas, as principais dificuldades foram a contratação de mão de obra (55,2%) e compra de matéria-prima (31,4%).

Com relação aos resultados alcançados pela empresa no ano, 81,1% dos empresários apontaram que foram bons ou muito bons. Porém, poderiam ter sido ainda melhores, caso alguns entraves tivessem sido superados, como indicaram 46,1% dos entrevistados.

Esses problemas foram divididos na pesquisa entre estaduais e federais. No âmbito estadual, o diferencial de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Rio de Janeiro em relação a outros estados foi a principal dificuldade apontada. Em âmbito federal, a carga tributária e os custos trabalhistas despontaram.
 

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