Empreendedorismo: “2024 pode ser o primeiro ano do resto de nossas vidas”

Empreendedorismo: “2024 pode ser o primeiro ano do resto de nossas vidas”

Em evento concorrido, megaempresário Flávio Augusto dá dicas de como aproveitar o ótimo momento para abrir – e expandir – o próprio negócio no Brasil

O que você faria no primeiro sábado do ano, em pleno verão brasileiro e sob um sol impiedoso em São Paulo? Para mais de quatro mil pessoas, a resposta era óbvia: ir ao Power House, um dos maiores eventos de empreendedorismo da América Latina.

Este sucesso de público, que esgotou os ingressos ainda no mês de dezembro, não é circunstancial. Se há uma palavra que possa definir o sentimento que permeou a 8ª edição do Power House, esta é otimismo.

“Este pode ser o primeiro ano do resto de nossas vidas”, cravou Flavio Augusto, em sua apresentação.

Dando contexto a este otimismo, dados do Sebrae apontam que, ainda no primeiro semestre de 2023, o país registrou um saldo positivo de 868 mil novos pequenos negócios, com um crescente número de empreendedores observando aumento de receita.

Não à toa, Governo e Congresso concordaram sobre a necessidade da criação de um Ministério dedicado ao empreendedorismo. Para os dois Poderes, afinal, o brasileiro é especialmente criativo e resiliente, dois dos fundamentos estruturantes para a geração de novos negócios.

Além do próprio Flávio Augusto da Silva, megaempresário e anfitrião, o evento reuniu outros cinco palestrantes, todos com trajetórias vitoriosas em seus segmentos e dotados de um poder narrativo excepcional, que transformaram as palestras em verdadeiras aulas-magnas.

Medalha, medalha, medalha – Coube a Joel Jota, ex-nadador campeão brasileiro e hoje empresário de sucesso, abrir as apresentações falando sobre um ambiente que conhece bem desde os tempos de atleta: performance e produtividade.

Vivendo a rotina de competitividade desde os 15 anos por conta do esporte de alta performance, Joel explorou sete fundamentos para alcançar a produtividade e ensinou: “Sucesso não é meu esforço, meu estado de espírito, meu porte físico. Sucesso é resultado. Seja, sim, competitivo”.

Com seu estilo dinâmico e energético, Joel cativou a plateia e entregou a palavra para o segundo palestrante da tarde, Tiago Brunet.

“O Maior empreendimento do mundo” – CEO do Instituto Destiny, teólogo e especialista em gestão de pessoas, Tiago Brunet demonstrou que a igreja tem os mesmos fundamentos de um negócio de sucesso, como “entrada e saída de dinheiro, colaboradores e filiais no mundo todo”.

O empresário prosseguiu e traçou um paralelo entre o sucesso do cristianismo e a prosperidade nos negócios: “Jesus se preparou, durante anos, conversando com pessoas que sabiam mais que ele. Só depois de muito preparo, aos 30 anos, deixou a carpintaria, de subsistência, e partiu para sua missão: abriu sua ‘empresa’, onde passou três anos à frente do negócio, treinou 12 discípulos e deixou um manual de instrução (Bíblia). Saiu de cena, e a ‘empresa’ está aí, crescendo há dois mil anos”, comparou.

“É preciso extrair prazer daquilo que se faz” – Terceiro palestrante da tarde, Caio Carneiro, fundador da Vende-C, chegou “provocando” a audiência ao elencar 12 fatos que um líder comercial sabe e você não. “Estamos no começo de ano, com a esperança lá em cima. Essa provocação é para você sair daqui e arrebentar com a boca do balão.”

O especialista em vendas parafraseou um pensamento que considera diferencial na vida: “ter tesão naquilo que se faz não é fundamental, mas sim decisivo”. E conclui dizendo que “sem isso, não percorremos os três Cês: começar, continuar e concluir”.

O Conselho – Entre as terceira e quarta palestras, reuniu-se no palco O Conselho. Junto de Flávio Augusto estavam Joel e Caio, fundadores do Offi-C, além de Augusto Coelho, fundador da Medcof, e Josef Rubin, cofundador da Conqueer Business School.

Flávio destacou que o grupo, responsável pelas três mais recentes empresas do grupo Wiser Educação, já alcançou, somado, mais de R$ 1 bi de valor real (R$ 1,8 bi de valuation). “Estes resultados não são fruto do acaso. Há conhecimento, competência e trabalho por trás disso”, completou.

“Chocolate na veia” – Renata Vichi, CEO do Grupo CRM, subiu ao palco contado sua própria história e o case Kopenhagen. Antes de apresentar os números expressivos da empresa, avisou: “Nunca caiba em nenhum rótulo. Como? Trazendo resultados efetivos. Quebrei o rótulo de ser jovem, quebrei o rótulo de ser mulher. Quebrei o rótulo de ser herdeira. Rótulos nunca me serviram”.

Sobre dobrar o tamanho a companhia em apenas três anos, comentou: “nossa meta era de cinco anos, mas atingimos em três. Soubemos olhar para a pandemia como oportunidade. Tínhamos de decidir entre o caminho da emergência (paliativo) ou o da urgência (enfrentamento)”.

“Um dia após ser decretada a quarentena, estávamos em sala de guerra, transformando o ponto de venda em jornada digital”, lembrou Renata. “Nossas prioridades foram: cuidar de nossa ‘tropa’, pois crises passam, mas relações perduram; manter comunicação constante e assertiva; e, por fim, não nos deixarmos seduzir por caminhos fáceis”, enumerou.

Sobre a parceria com a Nestlè, não economizou: “nosso plano é triplicar o tamanho de nossa companhia até 2026, mantendo o DNA de nossas marcas”.

A mulher por traz do sucesso – A advogada Luciana Silva foi a penúltima a se apresentar no Power House. “Sou de backstage, mas aceitei o desafio de estar aqui no palco porque sou muito grata pelo carinho que vocês têm por mim”.

Oriunda de família simples, Luciana contou sua trajetória de enfrentamento de dificuldades desde sua infância em Campo Grande, periferia do Rio de Janeiro, até sua longa relação com Flávio Augusto, sendo a força motriz por trás do megaempresário de sucesso.

“Fizemos muitos sacrifícios para estarmos aqui, especialmente no início de nossa trajetória juntos. E, desde aquela época, não embarquei no sonho do Flávio, embarquei no nosso sonho. Quando construímos em conjunto fica tudo muito mais fácil”, lembrou.

DR – O momento mais emocionante do evento foi quando Luciana chamou ao palco seu esposo, Flávio Augusto, o anfitrião do Power House.

Frente a frente, compartilharam com o público momentos que foram fundamentais ao crescimento do casal. “Primeiro foi nosso casamento, que parecia impossível”, iniciou Flávio. “Aquilo foi um all-in, uma aposta total em nossa vida. Estou com a mulher da minha vida e vou fazer acontecer”. O casal arrancou sorrisos da plateia ao relembrar as dificuldades da época: “nossa lua-de-mel foi num motel em Xerém…”

Luciana e Flávio concluíram com uma lição: “Naquele momento, se tudo desse errado, poderíamos olhar um para o outro e sentirmos segurança, pois estávamos ao lado do amor de nossa vida”, ensinou o casal.

“Coisa de maluco” – Flávio Augusto finalizou o programa do evento optando por não entrar nos aspectos emocionais da liderança e gestão. Contudo, após sua participação com sua esposa no palco, em que trouxe momentos pessoais de bastante emoção, seguiu um caminho mais técnico, fazendo de sua participação uma aula com dicas específicas.

Antes, brincando com a audiência, formada por cerca de 90% de empreendedores, Flávio decretou: “Só tem maluco aqui”.

No palco, abordou temas como tomada de decisão, vendas, contabilidade e direito trabalhista. “É uma aula chata, mas uma aula útil. E cada um destes temas tem de pagar sua entrada aqui”, finalizou.

Facebook
Twitter
LinkedIn