Líder preparado

Nos últimos anos, as publicações acerca da temática liderança e do papel fundamental dos líderes nos negócios, têm alcançado números impressionantes. Os estudos sobre liderança aumentam cada vez mais com o passar do tempo, as publicações e manuais de como ser um líder, ganham um espaço ainda maior nas prateleiras que tratam sobre gestão. 

Um dos livros mais conhecidos que contribuíram na popularização do tema, por se tratar de uma abordagem simples e objetiva, é o “O Monge e o Executivo” de James Hunter, historias inspiradoras como a citada no livro nos estimulam e instigam a leitura sobre o assunto, não é difícil entrarmos em uma livraria e encontrar logo na porta algum titulo tentando nos ensinar a ser um líder, ou ainda abrir uma página qualquer de internet que trate sobre gestão e logo receber a oferta de algum curso milagroso sobre como ser um líder de sucesso. Esse crescimento e fomento por parte das editoras em cima do tema
são justificáveis, porque observamos cada vez mais uma ânsia por grande parte das pessoas em se transformarem em líderes num piscar de olhos. Entretanto, verificamos em muitas dessas publicações e métodos rápidos de aprendizado, a confusão que paira entre duas figuras que não são sinônimos, mas sim complementares: gestor e líder.

A primeira pessoa que deve transbordar dos valores e crenças da empresa, certamente são os gestores que por sua vez tem o líder como peça essencial nessa transmissão de virtudes, um fator perceptível que tem seu lugar nesse processo, é o psicológico, os sinais que são emitidos e que exercem a influencia sobre os outros que estão a sua volta, uma vez que o líder não consiga transparecer todo seu envolvimento, comprometimento e imersão na cultura corporativa estabelecida pela organização, todo o trabalho por de trás passa a ser em vão, uma das principais atribuições que se tem sem duvida é o
fato de serem vistos e observados em todos os momentos, como o afirmado, “Tudo que um gerente faz provavelmente será filtrado por seus supostos subordinados em busca de pistas sobre sua liderança” (Hill 2003).

Certamente esses pontos que se levantam ao decorrer da carreira de um líder, não estão estabelecidos em contratos ou metas a serem compridas. Mas podem vir a ser fator determinante de êxito no exercício da liderança, é no refletir das atitudes e posturas tomadas por eles que irá gerar a confiança do seu cliente interno que esta a sua volta o tempo todo. Mas sem duvida temos que ter claro que esse desafio é árduo, conseguir tirar essa teoria do papel e transformar-la em um bem plausível exige muito esforço.

A gestão não é uma ciência nem uma profissão: é uma pratica, aprendida principalmente com a experiência e enraizada no contexto. (Mintzberg 2010). A influência que os empregadores exercem na vida pessoal e profissional de seus funcionários vai além das horas dedicadas a suas funções. O objetivo da empresa ao seu cliente interno deve ser de despertar um sentimento de propriedade sobre a empresa. Só assim ele buscará resultados como uma busca para si mesmo, sem que os objetivos pessoais e profissionais andem em descompasso. E aí teremos uma estrutura apta a a cumprir metas e galgar objetivos cada vez maiores.

Luiz Otávio Marchioro é consultor comportamento organizacional e gestão de pessoas, possui experiência internacional na condução de equipes multidisciplinares. Contato: luizotaviomarchioro@gmail.com

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