Com retomada de trabalho presencial, coworking pode ser opção mais acessível

Especialista explica por que vale a pena investir em um escritório compartilhado e lista vantagens do modelo de negócio

No começo de 2023, diversas empresas foram afetadas pelo aumento do aluguel de espaços comerciais, nesse momento de pós-pandemia. Segundo o Índice FipeZAP+, os valores para locação de salas comerciais tiveram um aumento de 5,68% no encerramento de 2022.

“Com a demanda do trabalho presencial cada vez mais forte, somado ao reajuste dos valores de aluguel, muitos donos de empresas buscam economizar e a saída mais barata e prática para muitos é recorrer a um coworking, o que alavanca os negócios do tipo”, explica a especialista em coworking Bruna Lofego.

Como o coworking é utilizado por diversas empresas ao mesmo tempo, pagando um valor fixo por essa comodidade, os clientes não precisam arcar com despesas fixas extras como condomínio, IPTU, luz, água e internet. Segundo levantamento recente do International Workplace Group, a procura pelo modelo teve um aumento de 93% no cenário global em relação ao mesmo período de 2021, e o Brasil está entre os países de maior procura pelo serviço, com aumento de 97% em 2022.

Pensando nisso, Bruna listou 4 provas de que investir em um coworking é a solução para um imóvel sem uso:

Volta ao trabalho no “novo normal”
Muitos profissionais já voltaram a sair de casa, e não fazem home office todos os dias, com o modelo híbrido sendo cada vez mais adotado pelas empresas. Há também os casos de colaboradores que não se adaptaram ao modelo 100% remoto e preferem estar em um escritório compartilhado para cumprir suas tarefas, e o coworking tem sido uma opção para eles.

“As empresas estão retomando a rotina que existia antes da pandemia, mas de outra forma, e o local de trabalho tem sido um desafio para muitas delas, por fatores como o alto custo de aluguel, com as sedes não conseguindo mais suportar uma estrutura com grande número de funcionários. Com a pandemia,a grande maioria das empresas enxugou suas estruturas e agora fica difícil voltar ao que era. Nesse cenário, o coworking é uma maneira de ajudar a se adaptarem ao novo normal”, comenta a especialista.

Menor risco de vacância
Dentro do modelo de coworking, é claro que sempre irão existir entradas e saídas, mas as entradas de clientes sempre tendem a ser maiores. Além disso, por serem vários contratos simultâneos, o espaço nunca ficará parado, como acontece com um espaço locado por um contrato de aluguel tradicional.

“Quando um locador sai do imóvel, ele fica ‘parado’ o que representa prejuízo para o proprietário, que terá que arcar com custos como IPTU e condomínio até que consiga um novo inquilino. No coworking, isso não existe, por isso, é um modelo de negócio mais lucrativo e com maior previsibilidade”, avalia.

Flexibilidade na gestão do espaço
Um imóvel ocioso pode ser facilmente adaptado e reformado para atender às necessidades específicas de um espaço de coworking, permitindo que o empreendedor crie um espaço de trabalho compartilhado personalizado e atraente para os futuros clientes

“É mais simples começar do ‘zero’, no sentido de iniciar um coworking de um imóvel ocioso do que fazer isso em um espaço onde já funcionava um tipo de negócio específico. Quando o espaço está parado e mais livre, geralmente demanda menos mão de obras e custos mais enxutos para colocar a infraestrutura necessária”.

Variedade de possíveis clientes
Ao contrário do que alguns acreditam, os coworkings não precisam ser necessariamente voltados para startups, e sim podem atender clientes dos mais diversos tipos – desde grandes empresas até startups ou pessoas físicas. “É um mercado bem flexível e democrático, e é possível mesclar os contratos entre espaços para grandes corporações, salas privativas para psicólogos e estações de trabalho para startups ou até mesmo pessoas físicas”.

De acordo com a empreendedora, os segmentos que aderem a esse tipo de espaço também são variados, e entre os que mais buscam estão os setores de saúde, estética, tecnologia, vendas e jurídico. “São os que mais procuram, mas a cada dia isso tem se diversificado mais, é um espaço que se adapta às mais diversas necessidades e atende bem a todos”, resume Bruna.

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